Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

O fim da Covid

Publicado em 25/02/2023 às 06:00.

Não houve, este ano, antecedendo ao Carnaval brasileiro, uma preocupação maior em advertir a população sobre os riscos de aglomerações principalmente em ambientes fechados. Na realidade, dias terríveis já vivenciara o povo deste país, com relação à disseminação do coronavírus e à transmissão da Covid. Certeza ou confiança de que o pior ficara no passado?

Os períodos anteriores inquietaram de Norte a Sul, nestes oito milhões e quinhentos mil quilômetros quadrados de território. Razões de sobra. Em nenhum outro país, a quantidade de vítimas fatais foi tão elevada proporcionalmente à população, quanto nas terras descobertas por Cabral, há séculos.

Se outras epidemias e endemias já tinham causado medo entre os nascidos neste país, a Covid deixou uma marca terrível, ainda que determinadas autoridades quisessem menosprezar os números de óbitos e mazelas.

Notava-se em todos os lugares: no calendário pré-carnavalesco de 2023, houve certa tranquilidade, abrindo caminho para as festividades de Momo, em que os naturais daqui são exímios e entusiastas ao extremo. Apesar de tudo, as organizações médicas, científicas e empresariais do setor estavam atentas. É o caso da Organização Mundial da Saúde, que o mundo todo sabe hoje que existe, por sua inabalável atenção no cumprimento de sua missão.

A OMS permaneceu cuidadosa. Três anos após decretar a Covid-19 como emergência global em saúde pública, a entidade informou – no dia 30 de janeiro último – que ainda não iria declarar o fim da pandemia e do estado de alerta causado pelo vírus.

Tedros Adhanom, diretor-geral, falou de cátedra. Agora, é aguardar as estatísticas trágicas e letais, confiando cristãmente que efetivamente o pior se tornou coisa do passado. Evidentemente, conhecendo que uma campanha de vacinação contra outras enfermidades está em pleno desenvolvimento. Não é só Covid que mata. A história nos demonstra.

O fim, além do mais, não é tão fácil. O próprio Congresso Nacional está com a incumbência de construção de uma rede de Cuidados de Vítimas da Covid-19 e seus familiares. O documento, aprovado em maio no Conselho de Segurança Nacional defende o fortalecimento da atenção primária em saúde visando atuar diretamente nas sequelas da Covid-19.

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