Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Otimismo e dúvidas

Publicado em 07/01/2025 às 06:00.

A despeito de tudo, os brasileiros confiam no futuro. Foi o que verificaram os leitores de jornais nos dias da semana especial de Natal, que abriu espaço aos interessados. Aconteceu com relação ao resultado da pesquisa Radar Febraban, divulgado pela Federação Brasileira de Bancos. O levantamento recebeu 75% de respostas otimistas sobre 2025, isto é, um ponto percentual acima do ocorrido em dezembro de 2023.

É bom conferir. Os dados mostram que 80% dos brasileiros acreditam que, no ano findante, a vida pessoal e familiar melhorou (46%) ou ficou igual (34%). Emprego e renda foram as áreas mais avaliadas, citada por 23% dos ouvidos. Depois, aparecem saúde e educação.

Com relação ao novo ano, 68% acreditam que a inflação e o custo de vida vão aumentar, bem como a taxa de juros.

O público auscultado observou, se alta do emprego ocorreu, o período foi influenciado negativamente pela seca, queimadas, além dos juros e inflação.

Ademais, além do estudo mencionado, constatou-se que o Brasil tem uma carga tributária próxima de 33% do Produto Interno Bruto, o que não é novidade para ninguém. Para alguns, o índice foi alcançado, diante das despesas geradas por um estudo de bem-estar social abrangente. Para outros, é levado, se se considerar o retorno para a população de serviços e transferência de renda, em que pese a imensidão de queixas e reclamações sobre o serviço público, em geral.  Estes críticos ocupam grandes espaços nos veículos de comunicação, principalmente com o período chuvoso que ora se tem, depois de extenso lapso de sequidão.

Paulo Paiva, que entende do assunto, manifestou-se com muita clareza: “Mesmo com a Selic em dois dígitos, a inflação, que persiste alta, segundo relatório Focus, continuará acima da meta ao longo de 2025. Triste é o governo que não cumpre suas metas macroeconômicas. Feliz é a taxa de câmbio que continua livre, leve e solta.

Às vésperas do Natal, Lula III ganhou do Congresso um arremedo de corte de gastos, oferecendo tímidos ajustes, insuficientes para a geração de superávit em 2025 e que não atacam as causas principais da gastança pública. O ministro da Fazenda já anuncia novos ajustes. O tempo urge para sua ação. A partir de julho do próximo ano, a agenda política será comandada pelas eleições de 2026, e, do governo, só bondades serão esperadas.

Na economia, o governo vive uma profunda crise de confiança. Os agentes privados lhe cobram ousadia nas medidas de ajuste fiscal e lhe ameaçam com o fantasma da inflação. No entanto, na população, segundo pesquisas de opinião pública, considerando a margem de erro, o presidente se equilibra em 50% de aprovação”. 

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