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Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Um apelo vital

Publicado em 23/04/2025 às 06:00.

O homem tem o vezo da destruição e, daí, a situação climática desesperadora que atravessamos.  E não há, à primeira vista, solução a curto prazo porque não existe possibilidade de transformação do ser humano em tempo hábil. No Brasil, a primeira e fundamental providência seria através da educação.

Em Belo Horizonte, na primeira semana de abril, tivemos a demonstração de como estamos expostos às intempéries. A ventania furiosa derrubou inúmeras árvores e provocou brusca e radical queda de temperatura. Os ventos chegaram a 85 km/h, equivalente ao nível 9 da escala Beaufort, que vai até 10, como explicaram os técnicos. Equivale dizer que quase se alcançaria a potência de um furacão, em alguns locais.

As causas do problema já têm sido suficientemente divulgadas e não se poderá ignorar o que acontece. No mesmo período, uma mineradora foi multada por destruição de caverna por mineração localizada em Ouro Preto. Trata-se da Mina Petrônio, cujas atividades se achavam suspensas após novas fiscalizações, que confirmaram destruição de uma caverna não declarada nos laudos ambientais para licenciamento do empreendimento.

Em Minas, um dos maiores estados da Federação, a devastação é absurda. A Imprensa revela que, de uma área de oito hectares da Mata Atlântica na região de Ouro preto, deixou-se uma solitária testemunha: uma única árvore de peroba, única, repito.

As advertências dos pesquisadores e cientistas não conseguem sensibilizar os que fazem de conta que ouvem, mas não entendem. Assim, em linguagem cotidiana e leviana, tudo fica como está para ver o que acontecerá. Os religiosos apelam a Deus.

Em Belo Horizonte, Dom Walmor, arcebispo metropolitano, recorre ao prévio aviso do Papa Francisco. “A Terra mostra evidentes sinais de esgotamento – pelas catástrofes, pela escassez de água e tantos outros fenômenos terríveis mundo afora, sem contar as perspectivas que se delineiam para um futuro não tão distante, possíveis de se reconhecer a partir de sérios trabalhos científicos. Os estudos são convincentes quanto à urgência de ações e providências que já estão atrasadas para reverter uma triste realidade: a disseminação de comportamentos irresponsáveis e do criminoso tratamento dedicado ao planeta, brincando com a Criação de maneira desrespeitosa. ”

A atual relação do ser humano com o planeta coloca em perigo a vida. Uma situação que precisa ser mais reconhecida, com a partilha de informações consistentes e cientificamente embasadas, inspirando uma sensibilização impulsionada por parâmetros humanísticos e pela luz da fé.

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