Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Um país em foco

24/12/2021 às 12:37.
Atualizado em 29/12/2021 às 00:37

A Academia Mineira de Letras sempre nos premia com fatos dignos de serem registrados. É o que se viu neste último mês de 2021, como vou referenciar. Assim, o acadêmico Caio Boschi foi contratado pela Unesco para, em Portugal, identificar e estabelecer formas de reprodução de documentos históricos relativos à emancipação política do Brasil. A Biblioteca Nacional fará a divulgação por meio digital-eletrônico, nos termos do Projeto Resgate Barão do Rio Branco. 

Outro motivo de satisfação: a revista Bula, especializada em Cultura e Artes, editada há pouco, noticia que, entre os dez melhores livros de 2021, foi escolhido a “Pequena Enciclopédia de Seres Comuns”, da acadêmica Maria Esther Maciel, lançada a obra pela Editora Todavia.

E a Editora Liberdade, Casa dos Contos e o Museu Casa Alphonsus de Guimaraens lançaram, nos dias 17 e 20, em Outro Preto e Mariana respectivamente, o livro de Ângelo Oswaldo de Araujo Santos – “Na Casa de Alphonsus”. O volume reúne textos sobre o notável poeta, patrono do sodalício, elaborados por Ângelo, prefeito de Ouro Preto pela quarta vez e nosso confrade na AML.

Os três fatos, que são efetivamente eventos, merecem atenção pela importância que envolvem, inclusive por envolverem temas em que Minas Gerais foi e é protagonista na história brasileira, merecendo, e mesmo exigindo, realce neste ano do bicentenário que já bate à porta.

A Caio Boschi já se devem trabalhos valiosos no que tange ao assunto que despertará muito interesse do Brasil  em 2022. Em 1998, ele já coordenara o “Inventário dos Manuscritos Avulsos Relativos a Minas Gerais existentes no Arquivo Histórico Ultramarino”, em Lisboa. A nova missão será uma contribuição relevante ao objetivo maior e final do trabalho proposto. Ninguém melhor do que ele para fazê-lo. O próprio Boschi comentou ser imprescindível que “nós brasileiros, estejamos melhor imbuídos da consciência documental a respeito ao nosso país. 

No que tange à acadêmica Maria Esther, bastaria dizer que, para seu projeto, escolheu 76 verbetes para discorrer, de animais, plantas, flores e pessoas. Entre os mais populares, a maria-fedida, inseto que excreta um líquido malcheiroso quando ameaçado e a maria-cachaça, peixe carnívoro do Nordeste.

Quanto ao livro de Ângelo Oswaldo, bastaria recordar que ele é um dos maiores conhecedores de Alphonsus no Brasil, como tem demonstrado suficientemente em livros e artigos, assim como em belos discursos e palestras. A nova publicação adverte para seus méritos e conhecimentos sobre temas tão caros aos amantes de nossas letras.

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