Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Visitando Havana

Publicado em 20/09/2023 às 06:00.

Praticamente estamos ingressando no último trimestre de 2023. Quero dizer: praticamente entramos no final deste ano, que não tem oferecido conforto, paz, desenvolvimento e alegria para os habitantes deste planeta, que anda pelos oito bilhões de habitantes. É muita gente confiando em melhorar seus padrões de vida e de sobrevivência.

Quem viveu os meses iniciais não se acha esperançoso, a julgar pela evolução dos acontecimentos. Não faltam reuniões e conferência em todos os continentes para amenizar um quadro vai dizer- desolador. Quem toma conhecimento dos fatos sente que os gestores das nações parecem esforçar-se, embora haja aqueles que apenas se mantêm no poder para uso próprio, de outros grupos, de apaniguados.

Quanto já se gastou do cidadão, inclusive daqueles que não são considerados como tal; quanto se utilizou em viagens e passeios usando o produto sofrido do imposto de cada um, pelo menos aparentemente em busca de soluções práticas para solução de problemas que se acumularam em termos de anos, décadas e até mais?!

Não me lembro de uma pesquisa de satisfação mundial das populações dos países. Existe? Quais os resultados? Que respostas contribuem para diminuir o estado de descontentamento e de desilusão dos povos pesquisados?

Focalizaremos especificamente o caso da dívida de Cuba com o Brasil. Ao que se sabe, ela chega a 490 milhões de dólares, utilizados fundamente na construção do Porto Mariel, um empreendimento que tiraria a ilha do buraco em que afundara desde Fidel.   

Antes de embarcar para Nova York para a abertura da conferência anual da ONU pelo presidente brasileiro, como ocorre sempre, Lula foi muito bem recebido pelo colega Miguel  Díaz-Canel e demais autoridades. O que Havana pretende é flexibilização da dívida, que já está sendo flexibilizada há muito tempo. Até que começasse a redigir esta nota, nada havia evoluído concretamente, nem creio que as autoridades da ilha tenham o que propor.

A não ser o pagamento do débito em produtos nacionais de lá. Quais? Fornecer bananas ou açúcar para os brasileiros? Até seria algo objetivo. Mas, além das recepções me Havana, não obtive o teor de havidas conversas.  Claro que todos nós queremos ajudar os cubanos, mas precisamos de algo palatável, o que não aconteceu até aqui. 

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