César Costa*
O mundo corporativo manteve o foco exclusivo no lucro por muito tempo. Mas, aos poucos, este cenário tem mudado, diante de revoluções mundiais, acesso à informação, ascensão de movimentos de conscientização e propagação de práticas e conceitos socioambientais. Como demonstra o 8º Estudo de Sustentabilidade da BDO Brasil, 61% das empresas brasileiras enxergam o ESG como uma estratégia de negócio. Com isso, passa a ser importante pautar novas perspectivas, como a que liga ESG à inovação que valoriza a vida.
Conceitualmente, a sigla ESG surgiu em 2004, em um relatório feito pelo Pacto Global, braço da Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de engajar empresas e organizações na adoção de princípios nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção.
O ESG tornou-se uma forma de se referir às ações que as empresas e entidades estão realizando para conciliar o sucesso financeiro com a responsabilidade socioambiental. Assim, possibilitando gerar mais valor de longo prazo para acionistas, funcionários e sociedade em geral. Isso deixa cada vez mais nítido o desejo de investidores em empresas com práticas conscientes, transformando um fator importante para a sustentabilidade financeira das empresas.
Em paralelo, existe o conceito de inovação que valoriza a vida, que atenta-se a todos os aspectos que regem as vidas envolvidas e impactadas por diferentes ações de inovação, seja um produto, um serviço ou um processo. Dentre os fatores estão as necessidades de indivíduos e comunidades em relação ao meio ambiente, sempre olhando para as dimensões de problemas sociais e culturais urgentes. O resultado desse modelo são soluções com visões mais abrangentes e sistêmicas, interessadas em gerar impactos mais conscientes e éticos em diversas camadas, fugindo, por exemplo, da ideia de atender apenas às necessidades básicas dos consumidores.
Há alguns pilares sobre os quais a inovação que valoriza a vida se sustenta. Entre eles estão o ESG, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, indicadores de diversidade e de impacto socioambiental, entre outros. Esse conjunto ajuda a ter uma visão mais crítica e conectada aos contextos sociais, observando recortes mais específicos e a interação entre diferentes fatores que definem esse tipo de inovação. Também orientam na conduta das organizações, ao auxiliar na definição de objetivos e estabelecimento de metas, a partir de um propósito.
Ambos os termos, ESG e inovação que valoriza a vida, surgem de uma expansão de pensamento que visa trazer mais consciência, ética e níveis de intencionalidade para resolver questões socioambientais urgentes por meio desses mesmos negócios. Isso impacta diretamente na forma como clientes olham para sua organização, como ela se perpetua no tempo, bem como os seus impactos.
Atualmente, a urgência de se fazer diferente é indiscutível. Não dá mais para se desenvolver e propor novas ideias, projetos e modelos de negócio que não motive a vida em primeiro lugar. Por isso, para incitar a prosperidade dentro de uma organização, se faz necessário analisar muito além da questão financeira. Na verdade, a prosperidade baseada nesses princípios surge como resultado da potência que as pessoas e organizações têm para aprimorar e ampliar suas capacidades humanas e empreendedoras em prol do bem-estar social, político e econômico.
*Administrador pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), César Costa é Mestre em Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade pelo PPGA/UFRGS
O mundo corporativo manteve o foco exclusivo no lucro por muito tempo. Mas, aos poucos, este cenário tem mudado, diante de revoluções mundiais, acesso à informação, ascensão de movimentos de conscientização e propagação de práticas e conceitos socioambientais. Como demonstra o 8º Estudo de Sustentabilidade da BDO Brasil, 61% das empresas brasileiras enxergam o ESG como uma estratégia de negócio. Com isso, passa a ser importante pautar novas perspectivas, como a que liga ESG à inovação que valoriza a vida.
Conceitualmente, a sigla ESG surgiu em 2004, em um relatório feito pelo Pacto Global, braço da Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de engajar empresas e organizações na adoção de princípios nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção.
O ESG tornou-se uma forma de se referir às ações que as empresas e entidades estão realizando para conciliar o sucesso financeiro com a responsabilidade socioambiental. Assim, possibilitando gerar mais valor de longo prazo para acionistas, funcionários e sociedade em geral. Isso deixa cada vez mais nítido o desejo de investidores em empresas com práticas conscientes, transformando um fator importante para a sustentabilidade financeira das empresas.
Em paralelo, existe o conceito de inovação que valoriza a vida, que atenta-se a todos os aspectos que regem as vidas envolvidas e impactadas por diferentes ações de inovação, seja um produto, um serviço ou um processo. Dentre os fatores estão as necessidades de indivíduos e comunidades em relação ao meio ambiente, sempre olhando para as dimensões de problemas sociais e culturais urgentes. O resultado desse modelo são soluções com visões mais abrangentes e sistêmicas, interessadas em gerar impactos mais conscientes e éticos em diversas camadas, fugindo, por exemplo, da ideia de atender apenas às necessidades básicas dos consumidores.
Há alguns pilares sobre os quais a inovação que valoriza a vida se sustenta. Entre eles estão o ESG, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, indicadores de diversidade e de impacto socioambiental, entre outros. Esse conjunto ajuda a ter uma visão mais crítica e conectada aos contextos sociais, observando recortes mais específicos e a interação entre diferentes fatores que definem esse tipo de inovação. Também orientam na conduta das organizações, ao auxiliar na definição de objetivos e estabelecimento de metas, a partir de um propósito.
Ambos os termos, ESG e inovação que valoriza a vida, surgem de uma expansão de pensamento que visa trazer mais consciência, ética e níveis de intencionalidade para resolver questões socioambientais urgentes por meio desses mesmos negócios. Isso impacta diretamente na forma como clientes olham para sua organização, como ela se perpetua no tempo, bem como os seus impactos.
Atualmente, a urgência de se fazer diferente é indiscutível. Não dá mais para se desenvolver e propor novas ideias, projetos e modelos de negócio que não motive a vida em primeiro lugar. Por isso, para incitar a prosperidade dentro de uma organização, se faz necessário analisar muito além da questão financeira. Na verdade, a prosperidade baseada nesses princípios surge como resultado da potência que as pessoas e organizações têm para aprimorar e ampliar suas capacidades humanas e empreendedoras em prol do bem-estar social, político e econômico.
*Administrador pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), César Costa é Mestre em Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade pelo PPGA/UFRGS