Esperança para transformar relações com uma comunicação não violenta

Publicado em 11/09/2023 às 06:00.

Beatriz Bovendorp
Flávia Resende*

Constata-se que estamos vivendo em uma era de encantamento com os avanços tecnológicos, e diversas novidades da inteligência artificial aplicadas nos mais diferentes setores do conhecimento e muito menos na singularidade do ser humano em suas necessidades mais autênticas de afeto, amor, compreensão, consideração, apoio, realização dentre outras. 

O uso constante dos smartphones tem-se apresentado como fator desejado para a agilidade nas relações e comunicações. Por outro lado, percebe-se que também aumentam as dificuldades e os conflitos no processo comunicacional.

Apesar de todos estes avanços tecnológicos, os desafios nos relacionamentos na vida social e de trabalho continuam não sendo uma tarefa fácil. Verifica-se o quanto as pessoas têm reclamado ser difíceis e trabalhosas estabelecer, conviver e comunicar de forma saudável no ambiente familiar e profissional. 

Considerado por muitos como o mal do século, por múltiplos fatores, importante registrar o surgimento de diversas patologias, geralmente associadas a ansiedade, depressão, burnout, e outros tipos de sintomas desafiadores do bem-estar em geral das pessoas. Nestes adoecimentos, observa-se o quanto as dificuldades nos relacionamentos e nas comunicações entre as pessoas acabam por perturbar o conviver e sobreviver na sociedade e no mercado de trabalho. 

Argumenta-se aqui em favor do ser humano em suas necessidades diárias e mais prementes de comunicações empáticas, eficazes e inclusivas. Dentro desta perspectiva humanista, o cuidado entre os seres humanos pressupõe a atenção consigo mesmo e com o outro, em uma inescusável tarefa para os profissionais do século XXI, quando se busca sustentabilidade, otimização, produtividade com humanidade e qualidade de vida.

É nesse contexto que surge a necessidade de nos permitir melhor compreender e aprender como uma comunicação eficaz e assertiva pode transformar pessoas e suas relações. Neste sentido é que apresentamos a Comunicação Não Violenta (CNV), técnica criada pelo psicólogo estadunidense Marshall Rosenberg, que se propõe a aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. 

Para Rosenberg, nós, seres humanos, somos seres naturalmente compassivos. Porém, a forma como nós aprendemos a nos ver e nos comunicar, classificando, comparando e julgando os outros numa lógica de “certo” e “errado”, coloca algumas pessoas como superiores às outras, minando a nossa natureza compassiva. Segundo o teórico, essa forma que fomos ensinados a pensar e a relacionar com os outros serve a uma lógica de poder e dominação criada há alguns milhares de anos. 

A imersão na Comunicação Não Violenta permite uma aprendizagem e transformação para seus relacionamentos pessoais e profissionais, desconstruindo o modo como nós enxergamos e interagimos com as pessoas, aprendendo a nos comunicar de forma que nos leve a conexões empáticas e à qualidade relacional em geral. Venha com a gente!  

* Mediadoras com  experiência de mais 20 anos na área, idealizadoras do curso Imersão em Comunicação Não Violenta - Os segredos da comunicação consciente

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