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Certa feita o amor se viu enclausurando pelo ódio. Foi tudo muito de repente. Quando o amor se deu conta, já estava em cárcere e vivendo os seus piores dias.
A esperança, incansável como sempre, buscava encontrar o amor em todas as possibilidades. Nenhum sinal.
Até que, em dado momento, o destino apontou para determinada direção e fez com que a esperança visse, no olhar do ódio, o amor aprisionado.
A fé também fez coro com a esperança e dedicou toda sua energia para que o amor fosse libertado.
Todavia, o ódio estava irredutível, não queria conversa e seguia tomando cálices de veneno para nutrir suas guerras sem razões.
Foi quando, em conexão com a fé e, sob os olhares da esperança, o amor percebeu que nada poderia prendê-lo, tampouco o ódio.
O amor incandescente de fé e esperança viu-se em todos os lugares simultaneamente. Foi como o sol que, através dos seus raios celestiais, atinge a todas as criaturas, independente de suas razões e convicções.
O amor percebeu que o ódio pode gerar uma cortina de fumaça e até entorpecer, mas nada pode bloquear o amor quando ele quer ser livre.
O amor não pode ser aprisionado, tampouco aprisiona ninguém. Se prende... pode ser tudo, menos amor.
* Tenente-Coronel Chefe do Centro de Jornalismo da PMMG