Josualdo Euzébio Silva*
O inchaço nos pés é bastante desconfortável, uma vez que os membros inferiores são essenciais para a locomoção e ainda servem de apoio, suportando o peso do corpo. A condição não deve ser considerada corriqueira e precisa ser investigada. A verdade é que o corpo envia diferentes sinais, quando o organismo não está funcionando de maneira ideal, incluindo em relação aos pés, mas a condição de saúde deles, nem sempre, requer grande preocupação por parte da população.
Os motivos vasculares para os cuidados são vários, como a má circulação, insuficiência venosa, trombose, flebite e os problemas linfáticos. O primeiro costuma ser o mais frequente, quando um inchaço ocorre, deixando os membros com uma sensação pesada, dificultando a caminhada, devido à alta concentração de líquido acumulado ali. O período do calor favorece esse problema, uma vez que as temperaturas elevadas dilatam os vasos sanguíneos, sendo possível observar uma demarcação bem definida dos vasos sob a pele.
A má circulação ainda causa insuficiência venosa, que, consequentemente, desencadeia varizes, uma vez que, como o sangue tem dificuldade de se movimentar pelo corpo, passando pelos membros inferiores e retornando ao coração, permanece mais tempo no local, gerando a necessidade de novos caminhos para escape. O desconforto surge, principalmente, após o fim de um longo dia quente, em que a pessoa passou muito tempo em pé.
A trombose venosa profunda também se desenvolve com os problemas de circulação. A condição decorre da formação de um ou mais coágulos nas veias, sendo mais comum, em membros inferiores, justamente, devido à dificuldade de o sangue circular, já que precisa fazer o caminho reverso até o coração, exigindo mais força.
Nessa situação, o coágulo acaba sendo formado pelo tempo que o sangue fica parado na região, afetando ainda mais o bombeamento e, consequentemente, estreitando o canal, acumulando parte dele no tornozelo e pés.
A origem da flebite está na trombose. A patologia também é chamada de tromboflebite e acontece quando um coágulo se forma em uma veia mais superficial. A principal diferença está nos riscos, já que a flebite é considerada menos perigosa, gerando menos problemas para a saúde que a versão profunda, podendo desencadear uma embolia pulmonar e provocar óbito.
O edema pode surgir em razão de um linfedema. A principal indicação é a presença do inchaço no fim do dia, fazendo com que os sapatos fiquem muito apertados e deixando marcas nos pés, acometendo uma ou ambas as pernas. A situação está ligada ao acúmulo de linfa, um líquido transparente do sistema linfático, ligado à defesa do organismo. A erisipela, outra causa vascular, pode favorecer o surgimento, assim como o período pós-operatório de algumas cirurgias.
Outras condições de saúde, como a insuficiência cardíaca, problemas renais, cirrose, mudanças hormonais, ciclo menstrual, efeitos colaterais de medicamentos, alergias, longos períodos sentado ou imóvel e a gestação, têm o potencial de causar esse sintoma.
Os efeitos podem ser revertidos com algumas ações, como elevar as pernas acima do coração no fim do dia; diminuir o consumo e sal e alimentos industrializados (ricos nesse produto que retém líquido); manter-se hidratado; praticar atividade física, já que a panturrilha é o segundo coração do ser humano, ajudando a bombear o sangue e usar meias elásticas.
Contudo, é essencial alertar que essas atividades apenas aliviam os sintomas, que devem ser investigados para que sejam tratados adequadamente, prevenindo problemas ainda mais graves.
* Médico cirurgião vascular, membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular
O inchaço nos pés é bastante desconfortável, uma vez que os membros inferiores são essenciais para a locomoção e ainda servem de apoio, suportando o peso do corpo. A condição não deve ser considerada corriqueira e precisa ser investigada. A verdade é que o corpo envia diferentes sinais, quando o organismo não está funcionando de maneira ideal, incluindo em relação aos pés, mas a condição de saúde deles, nem sempre, requer grande preocupação por parte da população.
Os motivos vasculares para os cuidados são vários, como a má circulação, insuficiência venosa, trombose, flebite e os problemas linfáticos. O primeiro costuma ser o mais frequente, quando um inchaço ocorre, deixando os membros com uma sensação pesada, dificultando a caminhada, devido à alta concentração de líquido acumulado ali. O período do calor favorece esse problema, uma vez que as temperaturas elevadas dilatam os vasos sanguíneos, sendo possível observar uma demarcação bem definida dos vasos sob a pele.
A má circulação ainda causa insuficiência venosa, que, consequentemente, desencadeia varizes, uma vez que, como o sangue tem dificuldade de se movimentar pelo corpo, passando pelos membros inferiores e retornando ao coração, permanece mais tempo no local, gerando a necessidade de novos caminhos para escape. O desconforto surge, principalmente, após o fim de um longo dia quente, em que a pessoa passou muito tempo em pé.
A trombose venosa profunda também se desenvolve com os problemas de circulação. A condição decorre da formação de um ou mais coágulos nas veias, sendo mais comum, em membros inferiores, justamente, devido à dificuldade de o sangue circular, já que precisa fazer o caminho reverso até o coração, exigindo mais força.
Nessa situação, o coágulo acaba sendo formado pelo tempo que o sangue fica parado na região, afetando ainda mais o bombeamento e, consequentemente, estreitando o canal, acumulando parte dele no tornozelo e pés.
A origem da flebite está na trombose. A patologia também é chamada de tromboflebite e acontece quando um coágulo se forma em uma veia mais superficial. A principal diferença está nos riscos, já que a flebite é considerada menos perigosa, gerando menos problemas para a saúde que a versão profunda, podendo desencadear uma embolia pulmonar e provocar óbito.
O edema pode surgir em razão de um linfedema. A principal indicação é a presença do inchaço no fim do dia, fazendo com que os sapatos fiquem muito apertados e deixando marcas nos pés, acometendo uma ou ambas as pernas. A situação está ligada ao acúmulo de linfa, um líquido transparente do sistema linfático, ligado à defesa do organismo. A erisipela, outra causa vascular, pode favorecer o surgimento, assim como o período pós-operatório de algumas cirurgias.
Outras condições de saúde, como a insuficiência cardíaca, problemas renais, cirrose, mudanças hormonais, ciclo menstrual, efeitos colaterais de medicamentos, alergias, longos períodos sentado ou imóvel e a gestação, têm o potencial de causar esse sintoma.
Os efeitos podem ser revertidos com algumas ações, como elevar as pernas acima do coração no fim do dia; diminuir o consumo e sal e alimentos industrializados (ricos nesse produto que retém líquido); manter-se hidratado; praticar atividade física, já que a panturrilha é o segundo coração do ser humano, ajudando a bombear o sangue e usar meias elásticas.
Contudo, é essencial alertar que essas atividades apenas aliviam os sintomas, que devem ser investigados para que sejam tratados adequadamente, prevenindo problemas ainda mais graves.
* Médico cirurgião vascular, membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular