A maioria de nós sabemos o que temos que fazer, o difícil é colocar o projeto mental em prática.
Ouço com certa frequência pessoas dizerem: “não faço terapia, pois sei exatamente o que preciso fazer”.
Talvez o que elas não saibam é o que as impede de executar tais atitudes. Na maioria dos casos não são causas externas, como por exemplo uma mera preguiça, e sim os fatores internos ligados às emoções. E para dificultar, nem sempre esses obstáculos são conscientes. Para chegar até eles é preciso mergulhar fundo dentro de nós mesmos com bastante empenho e honestidade para entendermos o que está nos impedindo de fazer aquilo que afirmamos querer.
Cada pessoa tem seus entraves pessoais e os motivos variam: o que é relevante para um, pode ser banal para o outro. Por isso a importância do trabalho individual, mas alguns fatores são bastante comuns:
Medo do fracasso: algumas pessoas, por medo de errar, evitam começar. O elemento perfeccionismo pode dificultar ainda mais, visto que fazer perfeito torna a tarefa ainda mais penosa. O indivíduo que tem esse medo, sendo ele inconsciente ou não, fica estagnado no plano mental com muita dificuldade de ir para prática.
Autoboicote: se sabotar é algo comum para algumas pessoas e tem a ver com um pensamento de “não merecimento”. Dessa forma quando o indivíduo está prestes a conseguir, ele mesmo dá um jeito de estragar tudo.
Masoquismo: pode parecer estranho, mas gostar de sofrer pode ser mais comum do que se imagina. Não é a toa que muitas pessoas mesmo podendo sair, optam por permanecerem na dor. Vale a pena considerar essa possibilidade.
Falta de confiança em si: a insegurança é responsável por muita inação. Esse tipo de pessoa fica desejando ter coragem para então enfrentar a situação. Ocorre que coragem não é a ausência do medo, e sim, o enfrentamento dele. Dessa forma, quanto mais fazemos, mais corajosos ficamos. Vale a pena tentar.
Avaliar onde estamos tropeçando pode não resolver nossos problemas, mas nos ajuda a encurtar o caminho entre o pensar e o agir.