Local de trabalho é onde passamos a maior parte do nosso tempo. Vêm de lá grandes conquistas e realizações e também pressões – e esgotamento. Mas, geralmente, não é a atividade em si que estressa o indivíduo, e sim um ambiente ruim.
Um local onde o clima é de ameaça, por exemplo, é extremamente nocivo. Há empresas que acreditam, equivocadamente, que manter os funcionários com medo de serem demitidos traz maior produtividade. O efeito é justamente ao contrário. Um indivíduo que vive sob ameaça, ainda que velada, torna-se inseguro, desanimado, desmotivado e improdutivo.
Outra situação comum é quando a empresa estimula tanto a competitividade que acaba espalhando a inimizade entre os colegas. Um enxerga o outro não como aliado, mas como adversário, gerando um mal-estar absoluto e um clima hostil de constante desconfiança.
As jornadas intensas, além do que é devido, também têm sido um grande problema e o telefone celular facilitou muito. Alguns chefes exigem que os funcionários atendam ao telefone ou respondam e-mails à noite, de madrugada, que em fins de semana enviem relatórios e façam mini reuniões. Esse comportamento vira um padrão, fazendo com que o funcionário que não se enquadre não seja bem visto na empresa.
As injustiças que ocorrem no ambiente corporativo também deixam o clima ruim. É muito comum um funcionário ser promovido sem ser por meritocracia, e sim por interesses diversos: parentesco, relacionamentos afetivos, solicitação de amigos ou troca de favores. Isso gera um desgaste emocional intenso naquele que empenha esforços e acredita que a empresa irá valorizar sua dedicação.
Outra questão que promove um ambiente negativo no trabalho é quando o chefe é crítico e nunca fica satisfeito com nada, reclama e põe defeito em tudo. Uma hora é a ideia que está ruim, outra hora é o local que não está bom, ou a letra que não está legível. Sempre haverá algo do que reclamar. Pessoas críticas valorizam muito mais o que falta do que o que têm, com isso acabam com a autoestima do funcionário que fica sempre com a sensação de que está devedor.
Igualmente ruim é o chefe quando sente inveja daquele funcionário que se destaca. O sentimento é tão nocivo que ele nem consegue ficar feliz quando alguém da sua equipe tem uma ideia brilhante; ao contrário, ele desqualifica. Sua vaidade é tão grande que ninguém pode brilhar, só ele. Pessoas assim criam um clima tão pesado que acaba terminando em desânimo por parte da equipe: - Para que se empenhar se só há espaço para o ego do chefe?
Cada vez mais as empresas estão atentas ao clima organizacional, sabendo que este é responsável pela felicidade de seus funcionários; logo, maior produtividade. Da mesma forma, funcionários de boa qualidade não estão tolerando ambientes tóxicos. Precisamos todos evoluir.