Podemos definir egoísmo como um comportamento exclusivista onde uma pessoa coloca seus interesses, desejos e necessidades em primeiro lugar, em detrimento (ou não) dos demais.
Não é difícil reconhecer alguém tipicamente egoísta, difícil é saber as causas que o levam a tal comportamento. Esse é o “x” da questão. Não há nenhuma conclusão sobre a origem do comportamento egoísta. Alguns estudiosos defendem a teoria do gene egoísta, enquanto outros, afirmam que são razões comportamentais e psicológicas que formam um indivíduo egocentrado.
Sendo natural ou adquirido, o indivíduo egoísta possui baixa consciência emocional, o que o limita enxergar o outro. Aliás, uma característica marcante do egoísmo é dificuldade de se colocar no lugar do outro. Não há empatia, ao contrário, há uma impaciência com o que é diferente a si.
Dificilmente alguém se assume egoísta, porém, alguns comportamentos marcam sua personalidade, tais como:
– Narcisismo: egoísmo e narcisismo andam de mãos dadas. Isso porque em ambos coloca o “eu” está no centro. São pessoas imersas em si, sentem-se superiores aos demais e estão sempre se posicionando no centro do universo. Carregam consigo a sensação de que seus interesses devem ser privilegiados em detrimento dos interesses de quem quer que seja, pois sentem-se mais merecedores.
– Dificuldade para compreender a dor do outro: para que haja um entendimento é preciso a interação de duas percepções: racional e emocional. O egoísta entende racionalmente porém sua percepção emocional não atinge o mesmo nível, por isso dificilmente mudam.
– Dificuldade em mudar: a mudança ocorre à partir de algumas emoções: remorso, sentimento de culpa e principalmente uma boa autocrítica. Sem compreensão emocional não há transformação. Quando há mudança é porque algo está lhe prejudicando, nesse caso, mudam por interesse próprio.
–Cada um por si: esperar que o indivíduo egoísta tenha zelo pelo outro é esperar em vão. Ele define o que é bom para si, e se, o outro não reivindicar, a decisão está tomada.
–Contabilidade negativa: são exigentes, cobram muito, mas dão pouco.
- Lógica invertida: fazem com o outro o que não gostam que fazem consigo.
–Lógica vantajosa: não considera o contexto do outro. O pensamento é mais ou menos assim: “se o outro aceitou é porque não estava tão ruim assim”. Um pensamento simplista que não leva em consideração outros fatores.
– Subestimam a dor alheia: pela incapacidade em acolher o outro, desmerecem seus problemas. Dessa forma, usam sempre a expressão: “você está exagerando”, ou “ o problema não é tão grave assim”, “você reclama demais”. Frase típica de quem não quer se envolver.
Aparentemente, os egoístas parecem fortes, mas isso não é verdade. No fundo, são pessoas inseguras, por vezes ansiosas, com grande dificuldade de viverem sozinhas, por isso precisam sempre de alguém. É a mesma lógica do parasita que não vive sem o hospedeiro, mas não dá nada em troca, só tira.