Simone DemolinariPsicanalista com Mestrado e dissertação em Anomalias Comportamentais, apresentadora na 102,9 e 98 FM

Atitudes que enriquecem a vida

Publicado em 03/09/2020 às 08:46.Atualizado em 27/10/2021 às 04:26.

Algumas pessoas têm a percepção empática aguçada. Isso faz com que elas se preocupem com a forma de se comportar e comunicar para não gerar mal-estar ao outro. São pessoas atenciosas, argutas, abundantes e, geralmente, promovem o bem-estar. Já outras, pela dificuldade em ler o outro, acabam desenvolvendo um pragmatismo. Não se preocupam muito se estão magoando o outro, querem “dar o recado” e pronto. São pouco desenvolvidas na inteligência interpessoal. 

Aos que interessam avançar emocionalmente nesse quesito, seguem algumas atitudes que deixam o indivíduo abundante:

- Saber ouvir: ouvir com atenção e sem interrupção, além de educado e respeitoso, traz ainda grande aprendizado. É muito desagradável manter uma conversa sendo interrompido. Ouvir implica dedicar-se ao interlocutor por inteiro. Não cabendo a fala: “pode falar que estou ouvindo” (enquanto faz outra atividade).

- Cumprimentar as pessoas (se possível, pelo nome): muitos dizem “sou péssimo para lembrar nomes”. Na verdade, essa é uma dificuldade geral, porém, se prestarmos atenção, há chances de diminuir essa dificuldade. Muitos não prestam atenção nem no nome nem no assunto. Praticam o presenteísmo: o corpo está lá, mas a cabeça, divagando. 

- Comunicação não violenta: comunicar-se com doçura é um talento que deveria ser almejado por todos. A truculência na comunicação, além de não resolver, ainda dissemina o mal-estar. O curioso é que quem pratica a comunicação violenta não gosta de recebê-la. 

- Evitar frases desnecessárias, tais como: “você está com cara de cansado”, “você está magro demais”, “você está gordo”, “você é doido”. Todos esses julgamentos podem ser evitados tanto por educação quanto pelo seu teor inútil.

Evitar frases desnecessárias, tais como: “você está com cara de cansado”, “você está magro demais”, “você está gordo”, “você é doido”. Todos esses julgamentos podem ser evitados tanto por educação quanto pelo seu teor inútil

- Dar o mérito ao outro: poucos conseguem exaltar o outro. Às vezes exaltam, mas arrumam uma brecha para se autoexaltarem também. “Você brilhou, mas se não fosse eu para te ajudar...”. 

- Elogiar: outro dia recebi uma mensagem pela rede social que dizia: “É mais fácil o capeta falar que eu estou bonita do que meu marido me elogiar”. Muitos sabem criticar, poucos sabem elogiar. Evoluir consiste em trabalhar para inverter esse hábito</CW>. 

- Ser pontual: chegar no horário demonstra respeito ao outro. 

- Cumprir combinados: ninguém é obrigado a combinar, mas se combinou, cumpra. O que não dá para fazer é algo que foi combinado a dois ser descombinado por um. Pessoas honestas, quando não dão conta de cumprir o que acordaram, dão logo jeito de comunicar a outra parte envolvida.

Ficar em silêncio pode ser a atitude mais “fácil”, mas também é a mais covarde. 

Essas são algumas atitudes que não requerem dinheiro, mas só são possíveis para quem é rico. 

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