Muitas são as queixas de pessoas se sentindo fracas emocionalmente, distantes do comportamento que gostariam de ter e com baixa autoestima. 

A questão se faz importante, uma vez que força emocional é algo que, se trabalhado, pode ser adquirido, ou seja, não é uma patologia ou algo uma condição preexistente que impeça a evolução. Contudo, é preciso treino e empenho, e alguns caminhos podem ajudar, tais como:

Qualidade dos pensamentos: o pensamento são ondas que podem nos conectar a algo bom ou ruim, tem natureza caótica e desestruturada, tendendo, na maioria das vezes, para a preocupação, negatividade e ansiedade. Ocorre que a maioria das pessoas que reclamam dos pensamentos também afundam nele, fazendo-os crescer. Poucos são os que expulsam os pensamentos buscando uma atividade; a maior parte inicia uma previsão catastrófica do futuro. A atividade física (leia-se qualquer ocupação útil) ajuda a eliminar os pensamentos ruins. 

Posicionar-se em defesa de si e dos próprios interesses: lutar em prol do outro parece mais fácil do que para si mesmo. Isso explica determinadas pessoas que capricham nos cuidados alheios e negligenciam os seus. Agir dessa maneira revela uma menos valia que opera em duas frentes: ao outro, o melhor, a si, “tanto faz”. Não há como se fortalecer se tratando com tamanho descaso.

Manter boas amizades e relacionamentos saudáveis: o ditado "antes só que mal acompanhado” deveria ser levado mais a sério. De que adianta ter grande número de pessoas para conviver se a qualidade não é edificante? Como se manter forte convivendo com pessoas críticas, negativas, traiçoeiras, egoístas? Relações de qualidade são fundamentais para o aumento da força emocional ou ao menos para não enfraquecer a autoestima.

Aprender com os erros: Você mais aprende com o erro ou mais reincide nele? Muitas vezes precisamos da reincidência para adquirir o aprendizado, e quanto mais rápido isso acontecer, mais forte ficaremos. Quando a lição é aprendida, a dor cessa.

Enfrentar o medo: cada vez que deixamos de fazer algo em função da nossa insegurança, reforçamos nossa fragilidade. Coragem não é ausência de medo; é o enfrentamento dele. Torna-se corajoso quem o enfrenta. O contrário é verdadeiro. Quem opta pela nulidade ao risco está perdendo oportunidade de avançar.

Ousadia: ousar muitas vezes significa apenas ir além do próprio limite. Cada vez que rompemos as barreiras que nós mesmos nos impusemos, subimos um degrau rumo ao fortalecimento.

Ser mais prático e menos pensativo: agir sem pensar pode nos levar a grandes equívocos, mas pensar demais pode nos paralisar. Devemos estar atentos para não incorremos no erro de pensar muito e agir pouco. Ser prático, na maioria das vezes, significa abandonar as elocubrações, lamentações, revoltas ou medos e andar para frente.

Avançar emocionalmente não é fácil, mas é possível e em termos de satisfação não há dinheiro que pague.