É preciso falar sobre o suicídio. O silêncio não resolve, piora e as estatísticas mostram uma triste realidade: o número de auto-extermínio só cresce no mundo. Este assunto vem sendo debatido com mais ênfase há 5 anos devido a uma importante campanha: “Setembro Amarelo”, para tentar prevenir e alertar a população. Há muitos mitos em torno do tema.
1.Quem ameaça não faz: mito.
Estudos revelam que pessoas que prenunciam o suicídio são aqueles de maior vulnerabilidade.
2.Quem tenta e não consegue quer só chamar atenção: mito.
Um grave indicativo é a tentativa. Aquele que quer trazer a atenção para si, através da tentativa, está de fato precisando de acolhimento e não de julgamento.
3.Falar sobre suicídio pode encorajá-lo: mito.
Dar oportunidade para alguém desabafar e compartilhar seus medos promove segurança e pode fazer toda diferença.
4.Quem se mata está deprimido: verdade.
Geralmente, aqueles que pensam em tirar a própria vida estão atravessando um quadro depressivo. Nele, as emoções são exacerbadas, a gravidade da situação é ampliada e a desesperança toma conta fazendo a pessoa acreditar que seu problema (seja ele qual for) só tem uma solução: a morte.
5.Quando uma pessoa que fala em suicídio fica mais calma devemos nos preocupar: verdade.
Quando um possível suicida se acalma não significa que o problema foi resolvido. Ela pode estar assim justamente por já ter tomado a decisão de morrer e está aguardando apenas uma oportunidade.
6.Mulheres suicidam mais que os homens: mito
As estatísticas mostram que os homens se suicidam o dobro do que as mulheres em todas as faixas etárias.
7.Em geral, os suicídios são premeditados: mito
Podemos dividir os potenciais suicidas em quatro grupos: OS IMEDIATISTAS cometem o ato sem pensar no que estão fazendo. São impulsivos e propensos a serem levados ao suicídio por um evento externo específico; os episódios tendem a ser repentinos, fruto de impulsividade.
OS VINGATIVOS cometem suicídio como uma espécie de vingança. Querem deixar o peso na vida do outro. Um misto de controle e ambição. O pensamento “vou morrer e você viverá com remorso”.
OS PRAGMÁTICOS EMOCIONAIS são um grupo que comete suicídio por uma lógica falha, em que a morte parece ser a única solução. Vivem desgostosos e não veem sentido na vida. Estes, geralmente, são os que planejam suas próprias mortes, costumam escrever cartas e pensam nos preparativos vários dias antes. Estão em profundo sofrimento (dores emocionais da vida) e acreditam não somente que a morte vai melhorar sua condição, como também que ela pode tirar um fardo das pessoas que os amam (a realidade geralmente é o contrário disso).
OS PRAGMÁTICOS RACIONAIS são o último grupo que comete suicídio com uma lógica racional. Devido a um diagnóstico de doença física, condição financeira desfavorável ou outras mudanças nas circunstâncias de vida. Acreditam que o prazer que elas podem vir a sentir não é suficiente para compensar a dor de viver.