Nossa vida se resume na maior parte do tempo em trabalho e família, portanto nos convém prezar para que estes ambientes sejam de qualidade para não comprometer nossa saúde física e nem mental.
Passamos muitas horas do nosso dia dedicadas ao trabalho. Este em si não esgota, mas as pressões que o envolvem, sim. A alta competitividade imposta pelas empresas estimula um ambiente hostil entre funcionários, em que não se pode confiar nos colegas, pois estes são vistos como rivais. Para piorar, algumas empresas ainda acreditam que o clima de ameaça faz com que o funcionário produza mais. Uma lástima, que só faz adoecer! Além disso, a cobrança excessiva e o desrespeito ao horário de trabalho, muitas vezes extrapolando a jornada, são uma realidade presente na vida de muitos.
Com toda essa cultura organizacional que ainda faz parte de muitos ambientes de trabalho, só sobra espaço para chefes que se identificam com essa forma de liderança. Anteriormente, já mapeei traços de comportamentos de chefes ruins, que massacram a equipe e lideram pelo medo. É o caso do terrorista que vive fazendo ameaças de demissão e usa falas do tipo “cabeças vão rolar”; os que usam exemplos de pessoas que foram demitidas por incompetência. Chefes assim acreditam que o medo motiva o funcionário a produzir mais. Geralmente, são também extremamente críticos e nunca estão satisfeitos com nada, reclamam e põem defeito no trabalho de todos.
Uma hora é a ideia que está ruim, outra hora é o local que não está bom ou a letra que não está legível. Sempre haverá algo do que reclamar. Funcionários que vivem sob ameaça, ainda que velada e recebendo constantes críticas, tornam-se inseguros, desanimados e desmotivados.
Nessa vertente de líderes ruins, temos também aquele que demonstra ambição demasiada, pensamento desmedido, excessivo e grandioso, saindo do contexto lúcido e flertando com a fantasia. Uma coisa é um chefe exigir que o funcionário trabalhe com 100% da sua capacidade, dando seu melhor e não fazendo “corpo mole”; outra coisa é exigir dele o impossível. Geralmente essas pessoas não têm as ideias muito organizadas, por isso não se comunicam de forma clara. Ora falam uma coisa, logo em seguida falam outra. Dão comandos contraditórios, mudam de opinião e cobram de forma desorganizada. Um horror para a equipe, que fica sempre insegura sem saber qual será a reação do chefe.
Outro estilo comum de se encontrar nas empresas são chefes controladores, aqueles que dão o comando e logo em seguida vão lá saber como anda o resultado. Não deixam a equipe executar; não dão prazo. Ao contrário, ficam cobrando a entrega antes do combinado. Querem saber tudo, investigam e pedem relatórios o tempo todo. Passam a nítida impressão de que não confiam na equipe que tem. Tanto controle, geralmente, mais atrapalha do que ajuda.
Com dois fatores tão importantes: clima organizacional e liderança, se ambos não forem saudáveis, o caminho é o burnout - a síndrome do trabalhador esgotado, o que os antigos chamavam de “estafa”, um estado derivado das questões emocionais.
Ter no trabalho uma fonte de prazer, alem de promover grande felicidade ao individuo ainda é revertido em alta performance para as empresas. Vale a pena!