O desenvolvimento da nossa maturidade tem a ver com as nossas experiências, sensibilidade, capacidade de mudar e evoluir e parcialmente com a idade. Temos tendência a enxergar pouca maturidade nas atitudes dos outros, e muita nas nossas. Mas será que somos tão maduros assim?
Podemos responder essa questão através de algumas perguntas:
Você aceita com serenidade as frustrações e contrariedades da vida?
Revoltar-se, sentir raiva, brigar por questões que contrariam nossa vontade pode ser um sinal de imaturidade. Não que não devamos lutar por aquilo que desejamos. Mas me refiro exclusivamente à dificuldade em lidar com a frustração que algumas pessoas evidentemente apresentam. O sentimento de raiva, sobretudo dirigido para alguém próximo, além de ser uma forma de controle e manipulação infantilizada é como a birra da criança que bate o pé porque não quer tomar banho. O sentimento de raiva pode ser um bom termômetro: quanto mais raiva um indivíduo sente, menos tolerante à frustração ele é.
Você se compromete?
Comprometer-se significa cumprir combinados, não lesar o outro, não justificar os erros, frear os impulsos que podem prejudicar alguém, ferir ou magoar pessoas do nosso convívio, manter a ética mesmo quando não está sendo observado, ou seja, ter uma boa formação moral e ética.
Você se relaciona de forma madura?
Nas nossas relações no trabalho, em família e entre amigos, nos deparamos com todos os tipos de pessoas. Desde aquela que quer nosso bem, até o contrário; das mais fáceis às mais difíceis. Saber administrar as relações de forma pacífica é uma grande virtude. Convém lembrar que uma pessoa “pacífica" não se comporta de forma “passiva”. Pacífico é aquele que promove paz e sabe conduzir com seriedade situações delicadas. Já o passivo é aquele que fica calado, não se posiciona (ou para não se comprometer ou por falta de coragem no enfrentamento; ambos os motivos têm a ver com a falta de maturidade emocional para se relacionar).
Você tem o humor estável?
Ter bom humor não significa estar sorrindo o tempo todo ou fazendo o outro sorrir. Isso não significa estabilidade de humor. Conseguimos percebê-la frente às contrariedades do dia a dia: trânsito, fila. Há pessoas tão vulneráveis às emoções que mudam seu humor de acordo com os acontecimentos, fazendo com que as que estão ao seu redor tenham maior cuidado para ele não “virar a chavinha” e sair destilando seu mau humor em cima de todos.
Você controla seus impulsos?
Controlar a impulsividade pode ser grande demonstração de maturidade, pois é preciso ter três características muito maduras: consciência, serenidade e freio.
Quantas vezes você precisa reincidir no erro para aprender?
Dificilmente aprendemos com o erro na primeira vez que ele acontece. A maioria das vezes reincidimos incontáveis vezes ao longo da vida até que venha a mudança (o verdadeiro aprendizado). Quanto menos reincidência, maior a maturidade.