O complexo de inferioridade é o sentimento que uma pessoa tem quando se sente “menos” em relação a outrem. É também conhecido como “menos valia” e isso muitas vezes dá o tom da nossa insegurança, medo, vergonha, entre outros.
É possível que todos nós sintamos isso em alguma intensidade. E as raízes estão fincadas lá na infância, com os estímulos que recebemos e a forma como fomos criados.
Quando há na família um padrão muito alto a ser atingido e a criança não consegue êxito, gera uma sensação de fracasso e isso poderá será registrado no seu inconsciente como incapacidade. Quando o ambiente familiar é de comparação entre irmãos, deixa a impressão de que um é melhor que o outro e também fica a sensação ruim para quem está por baixo.
Outra questão que influencia é a expectativa alta dos pais em relação aos filhos, pois gera neles uma carga emocional intensa e uma ansiedade para satisfazer ao gosto dos pais em relação a profissão.
Ainda na infância, a condição física pode influenciar muito na formação da autoestima. Crianças que apresentam alguma característica diferente das demais acabam sofrendo algum tipo de preconceito decorrente disso.
Na escola, quando a criança é colocada de forma comparativa ou sofre punição pela sua condição de limitação intelectual, isso acaba gerando um forte sentimento de inferioridade. Há também a possibilidade da criança ser excluída em função da condição financeira, religiosa, racial, etc.
Além do ambiente familiar e escolar, muitas vezes crescemos submetidos a crenças religiosas de viés punitivo, o que estimula o sentimento de culpa e o medo de rejeição.
Há também um fator muito relevante que tem a ver com a percepção de afeto recebido. Quem não se sente amado acaba se tornando incapaz de confiar no seu potencial. Como consequência disso há uma sensação de menos valia que faz com que o indivíduo na vida adulta se submeta a condições abaixo do seu merecimento.
Todos esses fatores combinam e deixam na vida adulta alguns comportamentos que revelam um complexo de inferioridade:
- Insegurança;
- Vergonha;
- Medo de errar;
- Sensação de que outra pessoa tem condições de fazer melhor;
- Achar que não está pronto o suficiente para determinada tarefa;
- Comparação com outras pessoas;
- Necessidade de agradar a todos;
- Tendência a interpretar situações contra si
- Perfeccionismo aguçado
- São críticos e ao mesmo tempo que não toleram ser criticados
- Excesso de preocupação com a opinião alheia (imagem)
- Necessidade de se sentir superior
O complexo de inferioridade curiosamente anda de mãos dadas com o “complexo de superioridade”. Narcisistas são pessoas de autoestima baixíssima escondidas atrás de muralhas.
Resolver essa questão não é simples, mas é possível. Primeiro é preciso ter consciência da existência dessa condição, depois é necessário investir na autoestima. Lembrando que autoestima é o juízo de valor que fazemos a nosso respeito. Se cumpro tudo que combino comigo, minha autoestima será alta, caso contrário, dificilmente melhorará.