Comprar itens desnecessários não é sinal de problema, afinal, quem nunca comprou algo que parecia ser interessante no calor da emoção, mas depois constatou o equívoco e, o pior, o dinheiro jogado fora? O problema começa quando o erro não significa aprendizado e aos poucos vira compulsão.
A Oniomania é um transtorno compulsivo de compras - uma doença caracterizada por atos excessivos, incontroláveis, repetitivos e irresistíveis em comprar indiscriminadamente mercadorias com ou sem necessidade. Uma espécie de desejo irracional e irrefreável que se impõe de forma tão enfática que o individuo só se acalma após efetuar a compra. Após o ato, a tranquilidade, fazendo a pessoa acreditar que fechou o ciclo. Mas como nenhum vício se finda com a saciedade, num curto espaço de tempo a vontade volta e tudo se repete.
Algumas características desse transtorno: dificuldade em se autocontrolar; euforia só de pensar em comprar; sensação de bem-estar no ato de compra; aumento progressivo do volume de itens; mentiras para encobrir o descontrole; gastos superiores ao que deveria ser destinado para esse fim; aquisição de objetos duplicados; não usar o item adquirido e muitas vezes presentear alguém, o que gera um certo alívio à culpa; angústia ao constatar os excessos; repetição do padrão.
Quem não analisa sob o viés da patologia julga ser fácil controlar o impulso: basta parar de comprar, e, pronto, resolvido o problema. Mas uma dependência não é simples assim, a se ver pela droga, cigarro, açúcar, álcool. A compulsão tem base química, dessa forma a gratificação é reforçada cada vez que o comportamento se repete, formando um ciclo vicioso poderoso que pode chegar a níveis inimagináveis de dependência.
Quando falamos em compra online, o mecanismo pode ser ainda mais potente, isso porque não há barreiras para o acesso. O individuo pode se transportar e comprar em qualquer lugar do mundo com apenas um clique no próprio celular. A facilidade reforça o vicio que chega de mansinho como um alivio, uma espécie de remédio para ansiedade. Eis o perigo!
Ao considerar o vilão um aliado, o indíviduo desenha um comportamento que se sedimenta a cada repetição. O mecanismo é igual aos demais vícios: "me sinto estressado, ansioso, acendo um cigarro e relaxo; bebo uma dose que passa; passeio pelas lojas online e esqueço meus problemas". É como ter a mente resgatada para uma realidade paralela onde a vida é melhor e mais suave. E é mesmo, não fosse a conta alta que o vicio cobra, no caso da compra, literalmente.
O problema atinge esferas a ponto de prejudicar casamento, trabalho e levar o indivíduo a contrair dívidas grandiosas. Nessa hora, o vício se agrava, pois ansiedade gerada ao ver a fatura do cartão de crédito não pode buscar alívio no "remédio" costumeiro. Não “pode” ou não “poderia”, pois o que ocorre, na maioria das vezes, é a pessoa não conseguir controlar e fazer uma dívida em cima da outra.
É importante ressaltar que o fato de uma pessoa não ter chegado a maiores consequências não significa que ela não seja viciada - quem fuma somente aos finais de semana também é tabagista.
Assim como todo transtorno, a compulsão por compras também tem graus leves, moderados e severos e tem tratamento psiquiátrico e psicológico, mas isso dependerá do tanto que o viciado está disposto a se privar do prazer para se livrar do vício. Poucos querem!
A Oniomania é um transtorno compulsivo de compras - uma doença caracterizada por atos excessivos, incontroláveis, repetitivos e irresistíveis em comprar indiscriminadamente mercadorias com ou sem necessidade. Uma espécie de desejo irracional e irrefreável que se impõe de forma tão enfática que o individuo só se acalma após efetuar a compra. Após o ato, a tranquilidade, fazendo a pessoa acreditar que fechou o ciclo. Mas como nenhum vício se finda com a saciedade, num curto espaço de tempo a vontade volta e tudo se repete.
Algumas características desse transtorno: dificuldade em se autocontrolar; euforia só de pensar em comprar; sensação de bem-estar no ato de compra; aumento progressivo do volume de itens; mentiras para encobrir o descontrole; gastos superiores ao que deveria ser destinado para esse fim; aquisição de objetos duplicados; não usar o item adquirido e muitas vezes presentear alguém, o que gera um certo alívio à culpa; angústia ao constatar os excessos; repetição do padrão.
Quem não analisa sob o viés da patologia julga ser fácil controlar o impulso: basta parar de comprar, e, pronto, resolvido o problema. Mas uma dependência não é simples assim, a se ver pela droga, cigarro, açúcar, álcool. A compulsão tem base química, dessa forma a gratificação é reforçada cada vez que o comportamento se repete, formando um ciclo vicioso poderoso que pode chegar a níveis inimagináveis de dependência.
Quando falamos em compra online, o mecanismo pode ser ainda mais potente, isso porque não há barreiras para o acesso. O individuo pode se transportar e comprar em qualquer lugar do mundo com apenas um clique no próprio celular. A facilidade reforça o vicio que chega de mansinho como um alivio, uma espécie de remédio para ansiedade. Eis o perigo!
Ao considerar o vilão um aliado, o indíviduo desenha um comportamento que se sedimenta a cada repetição. O mecanismo é igual aos demais vícios: "me sinto estressado, ansioso, acendo um cigarro e relaxo; bebo uma dose que passa; passeio pelas lojas online e esqueço meus problemas". É como ter a mente resgatada para uma realidade paralela onde a vida é melhor e mais suave. E é mesmo, não fosse a conta alta que o vicio cobra, no caso da compra, literalmente.
O problema atinge esferas a ponto de prejudicar casamento, trabalho e levar o indivíduo a contrair dívidas grandiosas. Nessa hora, o vício se agrava, pois ansiedade gerada ao ver a fatura do cartão de crédito não pode buscar alívio no "remédio" costumeiro. Não “pode” ou não “poderia”, pois o que ocorre, na maioria das vezes, é a pessoa não conseguir controlar e fazer uma dívida em cima da outra.
É importante ressaltar que o fato de uma pessoa não ter chegado a maiores consequências não significa que ela não seja viciada - quem fuma somente aos finais de semana também é tabagista.
Assim como todo transtorno, a compulsão por compras também tem graus leves, moderados e severos e tem tratamento psiquiátrico e psicológico, mas isso dependerá do tanto que o viciado está disposto a se privar do prazer para se livrar do vício. Poucos querem!