Costumamos vincular a palavra vaidade a posturas de quem gosta de se enfeitar e aparecer mais vistoso. Essa é uma vaidade física que é facilmente percebida, pois se expressa “para fora”.
Entretanto, existe uma outra que não é tão nítida porém é extremamente nociva, tanto para quem sente, quanto para as relações. Estou falando da vaidade emocional, que embora pouco falada, é mais comum do que imaginamos.
Podemos observá-la através de alguns comportamentos, como:
Competitividade
Algumas pessoas só conseguem se relacionar estando no papel de protagonistas. Quem age assim traz para si os holofotes: se você conta que fez uma viagem, a pessoa vai contar que fez uma viagem melhor; se você está doente, a pessoa vai arrumar uma doença pior; se você se queixa de uma dor de cabeça, ele conta do problema cardíaco, e assim por diante.
Pessoas competitivas não gostam de perder. Querem ganhar até aquilo que não é importante. A vitória certifica sua valia. Portanto, para o competidor não basta ganhar, é preciso que o outro perca. Pessoas com essa característica são tão egocentradas que roubam do outro até o direito de sentirem, inclusive o pior.
Necessidade de estar sempre certo
Observe se nas suas conversas você está sempre argumentando, tentando provar seu ponto de vista e tendo a necessidade de tornar sua opinião a mais relevante, ao invés de simplesmente trocar e compartilhar ideias. Não tem nada de errado em defender um pensamento, mas querer estar sempre certo é grande demonstração de vaidade.
Postura opositora
Há pessoas que são “do contra”. Mesmo quando concordam com a ideia geral, dão um jeito de discordar de um fragmento dela. Estão sempre prontas para dizer um “mas” com o objetivo de discordar do que foi colocado. Pessoas assim deixam a relação pesada, visto que nenhuma ideia pode ser concluída sem que haja um contraponto.
Vaidade intelectual
Por se tratar de pessoas inteligentes, às vezes é difícil perceber esse tipo de vaidade, mesmo porque ela vem embalada de colaboração e conhecimento, mas, muitas vezes não passa de um exibicionismo intelectual. A vaidade de querer se mostrar superior e seguro de si só faz revelar o contrário.
Posturas desafiadoras
Trata-se de uma provocação velada para entrar num embate. A ideia é: vamos duelar! Se eu estimulo o outro a reagir ele vai para uma condição desfavorável (reatividade) enquanto eu permaneço no controle. Pura vaidade!
Interferência
Tem pessoas que acham que sabem exatamente o que o outro deve fazer da vida dele. Invadem a individualidade do outro sob a justificativa de estar querendo o seu bem. Já ouvi pessoas dizendo: eu vou ajudar fulano, mas farei à minha maneira. Vejo essa forma de pensar como um grande equívoco. Estar disposto a ajudar alguém é se colocar a serviço do que o outro necessita. Qualquer coisa diferente disso não é ajuda, é imposição.