A principal candidata de oposição nas eleições presidenciais de Honduras Xiomara Castro afirmou que vai pedir a recontagem dos votos. Ela disse que não reconhece o resultado oficial anunciado pelo Supremo Tribunal Eleitoral do país, que deu vitória ao candidato conservador Juan Orlando Hernandez.
"Temos inúmeras provas da asquerosa monstruosidade com que me roubaram a presidência da República", disse à imprensa. "Nossa posição é firme, não vamos aceitar os resultados e não reconhecemos a legitimidade de um governo produto deste roubo", acrescentou.
Computados 93% dos votos das eleições do dia 24 de novembro, Juan Orlando
Hernández, do governista Partido Nacional, foi declarado vencedor com 36,54% dos votos. Castro obteve o segundo lugar, com 28,83% dos votos.
A segunda colocada não é a única candidata que contesta o resultado. Salvador Nasralla, do Partido Anti Corrupção, obteve quase 14% dos votos e contestou oficialmente os números.
As missões de observação da União Europeia (UE) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) reconheceram o resultado das eleições, mais indicaram irregularidades. O chefe da missão da OEA, Enrique Correa, afirmou que foi detectada uma "anomalia grave" porque os fiscais de mesa receberam credenciais em branco, o que não está de acordo com padrões internacionais. A UE afirmou que foram identificados sérios indícios de tráfico dessas credenciais.
De acordo com a UE, o censo eleitoral "não é preciso e nem confiável". O Supremo Tribunal Eleitoral foi criticado por não ter imposto prazos e ter atrasado decisões importantes.
Já o Departamento de Estado dos Estados Unidos felicitou o povo de Honduras "por sua forte participação no pleito" e congratulou o Supremo Tribunal Eleitoral "pela contagem profissional dos votos". Fonte: Associated Press.
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