SÃO PAULO - Organizadores da festa de Dia das Bruxas em que três jovens morreram após serem pisoteadas em Madri negam que a casa noturna onde as mortes ocorreram estivesse superlotada. De acordo com o jornal espanhol "El País", os responsáveis afirmam que a casa tinha capacidade para 10.600 pessoas, e eles venderam 9.650 entradas.
Além disso, a Diviertt SL, empresa que organizou a festa, disse que as saídas de emergência funcionavam corretamente e que ela estava com todas as permissões legais para a realização do evento. O anúncio foi feito em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (2) pelo vice-prefeito de Madri, Miguel Ángel Villanueva.
A tragédia aconteceu na madrugada de quinta-feira (1°), na casa de espetáculos Madrid Arena, na capital espanhola. Um sinalizador foi disparado dentro do ambiente fechado, o que causou uma aglomeração de pessoas tentando sair do local, assustadas. Como consequência, três jovens foram pisoteadas e não conseguiram atendimento médico a tempo.
A Madri Espaços e Congressos, órgão municipal que gere a Madrid Arena, confirmou que a Diviertt SL cumpriu todos os requisitos de segurança ao alugar a casa noturna.
Segundo Villanueva, a maioria dos participantes da festa não entrou em pânico, já que sequer ouviu o barulho. A festa continuou normalmente para essas pessoas, porque, de acordo com o vice-prefeito, uma tentativa de retirá-las do local causaria uma situação ainda mais perigosa, uma vez que a aglomeração seria maior. A festa terminou por volta de 6 horas (3 horas de Brasília).
A entrada de sinalizadores e outros explosivos estava proibida, mas Villanueva diz que não se sabe como alguém conseguiu entrar com um item como esse na festa. Ele não quis responsabilizar os seguranças nem os reforços policiais que trabalhavam na entrada da Madrid Arena.
A polícia confirmou que ainda procura o suspeito de ter disparado o sinalizador. Caso seja encontrado, ele poderá ser acusado de homicídio culposo (quando não há intenção de matar).