A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) está perto de conseguir o sinal verde da Agência Nacional de Aviação (Anac) para voltar a operar com voos comerciais de grande porte no Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, conhecido como aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte.
Em reunião sobre o assunto realizada nesta terça-feira, quatro dos cinco diretores do colegiado da Anac votaram a favor da liberação dos voos e apenas um foi contra.
Apesar de as adequações no terminal exigidas pelo órgão regulador terem sido feitas, no entendimento do relator do processo, diretor Juliano Noman, e a documentação recebida comprovar que as inconfomidades foram devidamente saneadas e inseridas dentro de níveis aceitáveis de segurança, o diretor-presidente da Anac, José Ricardo Botelho, pediu vista do processo durante a reunião. Ele pretende analisar melhor o assunto e apresentar seu parecer na próxima reunião deliberativa, prevista para o dia 16 deste mês. O processo permanece suspenso até lá e os diretores podem manter ou mudar o voto.
Atualmente, o aeroporto da Pampulha opera apenas com voos de pequenos porte, como táxis-aéreos. Caso a decisão seja favorável ao retorno dos grandes jatos, haverá uma disputa com o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, onde hoje se concentram os voos comerciais de grande porte. O terminal da Pampulha passaria a receber aeronaves com capacidade superior a 70 lugares (Embraer 190, Airbus 318 e Boeing 737-700).
A BH Airport, grupo privado que opera o Aeroporto de Confins, tem afirmado que a retomada dos voos na Pampulha tende a prejudicar a lógica de funcionamento do seu terminal, que passou por expansão recentemente e ainda busca se firmar como um hub nacional.
A Infraero, que administra o terminal, informou que foram feitas instalações de sinalização vertical, implantação da área de segurança de fim de pista, além da sinalização horizontal e luminosa para pousos e decolagens. Outras intervenções já foram realizadas, segundo a Infraero, como adequação de sinalização e área de movimentação de aviação geral (aeronaves executivas), ampliação e reforma de sanitários, bem como a instalação de novos balcões de check-in. Essas ações também integram o relatório enviado à Anac.