Papa sugere contracepção em casos de zika

Estadão Conteúdo
18/02/2016 às 15:57.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:28
 (Ronaldo Schemidt)

(Ronaldo Schemidt)

O papa Francisco sugeriu, nesta quinta-feira (18), que as mulheres ameaçadas com o vírus zika poderiam usar métodos contraceptivos, mas não abortar o feto, dizendo que há uma clara diferença moral entre abortar e prevenir uma gravidez. A papa respondeu a pergunta de um repórter que questionou se o aborto e o uso de contraceptivos poderiam ser considerados um "mal menor" quando ligados aos casos do vírus zika ou de microcefalia.

"O aborto não é um mal menor, é um crime. Retirar uma vida para salvar outra é o que a máfia faz. É um crime. É um mal absoluto", afirmou o pontífice. Por outro lado, evitar a gravidez não é um mal absoluto em certos casos, como quando uma pessoa está com o vírus zika, disse o papa.

Donald Trump

Em outra questão, desta vez envolvendo as eleições presidenciais nos EUA, o papa Francisco disse que a posição do pré-candidato republicano Donald Trump sobre a imigração "não é cristã", destacou o pontífice em coletiva antes de retornar à Roma após sua visita ao México, onde a situação dos imigrantes foi um tema central.

O papa criticou duramente a proposta de Trump de erguer um muro na fronteira e deportar milhões de imigrantes ilegais. "Uma pessoa que só pensa sobre a construção de muros, onde quer que estejam, e não na construção de pontes, não é cristã. Isso não está no Evangelho".

"Este homem não é cristão, se ele fala dessa maneira". Antes de sair do México na quarta-feira, o papa mostrou a sua solidariedade com os migrantes.

Logo após as declarações do papa, Trump se pronunciou, afirmando que um líder religioso questionar a fé de uma pessoa é "vergonhoso".

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