(Arquivo Hoje em Dia)
A pesquisa CNT/MDA traz “boas notícias para Dilma e Marina e péssimas para Aécio”, avalia o cientista político e professor da UFJF Paulo Roberto Figueira. Segundo ele, todos os últimos levantamentos mostram um quadro parecido, com um processo de “contenção do crescimento de Marina, que foi absolutamente significativo depois da morte de Eduardo Campos, recuperação de Dilma e queda de Aécio”.
Segundo ele, está configurado o quadro de polarização entre as duas candidatas, com um nível “razoavelmente grande de imprevisibilidade” no segundo turno. “Marina tem ainda um leve favoritismo sobre Dilma, mas a diferença entre as duas está reduzindo”, comenta.
O cientista político Felipe Nunes diz que a melhora de Dilma reflete também a queda na sua rejeição. Para ele, os dados ainda captam, entre o eleitorado, a efetivação do argumento de que Marina não terá condições de governar. “A eleição parece que será decidida no detalhe. O receio em torno da governabilidade de uma potencial gestão de Marina parece estar produzindo números mais favoráveis a Dilma”, avalia.
Segundo Felipe, apesar de provavelmente o tucano ficar fora do segundo turno, ele pode ser o fiel da balança. “O importante da eleição presidencial será o posicionamento dos eleitores de Aécio no segundo turno. Eles decidirão se o Brasil será governado por Dilma ou Marina a partir de 2015”.