“Esta é uma eleição que está efetivamente começando agora”, afirmou nessa segunda-feira (1º) o candidato ao governo de Minas pela coligação “Todos por Minas”, Pimenta da Veiga (PSDB), em entrevista coletiva na estação do metrô do bairro Santa Efigênia, região Leste de Belo Horizonte. Segundo o candidato tucano, metade do eleitorado mineiro ainda não se definiu em favor de nenhum nome para assumir o governo do Estado. “O nosso alvo é atingir estes quarenta e tantos por cento do eleitorado que ainda não se manifestaram por nenhum candidato”, declarou. Pesquisa Datafolha aponta 22% de indecisos.
Pimenta acredita que, dentro de alguns dias, a campanha estará em patamares “extremamente confortáveis” e com tom mais “agressivo”. Para o candidato, setembro é o mês em que as eleições se definem.
“É hora de ativar as coisas. Nesta semana, vamos conversar com prefeitos, vereadores e deputados para ativar a campanha. Vamos trabalhar e trabalhar, e, dentro de alguns dias, vocês poderão ver o sucesso”, afirmou Pimenta da Veiga.

Especulações
O candidato negou ter havido, na semana passada, troca na coordenação de sua campanha, agora centralizada nas mãos do ex-secretário de governo Danilo de Castro. “Não há nenhuma mudança”, disse. De acordo com o candidato, Castro “já era coordenador político e continua sendo”, e o deputado federal Alexandre Silveira (PSD) permanece responsável pelos demais setores.

O tucano afirmou também que o ex-secretário de Estado de Ciência e Tecnologia de Minas Narcio Rodrigues (PSDB) ainda é responsável pela coordenação de comunicação e marketing de sua campanha.

Reforço

Questionado sobre a vinda para Belo Horizonte de Andréa Neves, irmã do candidato à presidência da República Aécio Neves (PSDB) e coordenadora da comunicação da campanha em nível nacional, para reforçar a corrida ao Palácio Tiradentes, Pimenta afirmou que isso já faz parte da rotina. “Ela, desde o começo da campanha, vem para Minas pelo menos uma vez por semana. Agora, estamos todos muito empenhados”, esclareceu.

Pimenta da Veiga garantiu que Aécio Neves virá ao Estado ainda nessa semana. “Desde o começo da campanha, Aécio já tinha dito que em setembro estaria mais presente em Minas. Ele deve estar aqui sempre que o tempo permitir”, disse.   Investida será no voto casado   Na última pesquisa Ibope, divulgada no dia 26 de agosto, Pimenta da Veiga (PSDB) aparecia na segunda colocação com 23% das intenções de voto.

O adversário Fernando Pimentel (PT) liderava a corrida ao Palácio Tiradentes com 37% da preferência dos eleitores. Tarcísio Delgado (PSB) tinha 3%. Era grande o número de indecisos: 22%. Outros 11% votariam em branco ou nulo.

O percentual de indecisos fez a campanha tucana centrar esforços nestes eleitores. Nos bastidores, o PSDB avalia que parte destas pessoas votaria no senador Aécio Neves (PSDB) para presidente da República. Por isso, a investida será no voto casado em Aécio e Pimenta.   Tucano promete assumir obra do metrô   O candidato ao governo de Minas Pimenta da Veiga (PSDB) garantiu que, caso eleito, assumirá as obras de expansão do metrô de Belo Horizonte. “Diante da desídia e do desinteresse do PT, que virou as costas para Minas Gerais e não cuidou do metrô, o próximo governador de Minas, sendo eu, assumirei essa responsabilidade. Não é mais possível uma região metropolitana da importância da de Belo Horizonte ficar sem metrô”, prometeu.

Pimenta da Veiga afirmou que irá negociar com o governo federal, “seja qual for o presidente eleito”, serviços e verbas para Minas Gerais. “O governo federal vai se liberar desse ônus, mas vai fazer um compromisso de transferência de recurso para que o governo de Minas possa absorver esse serviço”, disse.

O candidato utilizou o metrô para chegar à entrevista coletiva concedida nessa segunda pela manhã. O tucano afirmou que o serviço poderia “ser bem melhor do que é”. Mais uma vez, destacou que o serviço é de responsabilidade da União e que o PT passou 11 anos sem tomar nenhuma providência em relação ao meio de transporte.

“O PT é quem tem a responsabilidade de fazer o metrô. Eles não fizeram um metro sequer e ficam dizendo coisas desbaratadas. Acho que o homem público pode cometer muitos equívocos, só não pode ser mentiroso”, alfinetou. “O PT não fez rigorosamente nada e ainda quer transferir responsabilidade”, afirmou.

Petrobras

Para o candidato tucano ao governo de Minas, o PT “deixou Minas de lado” por dois motivos: primeiro, porque, segundo ele, o partido “segrega governadores”; e, segundo, por serem incompetentes.

“Na área de desenvolvimento nacional, estamos com recessão técnica. O que aconteceu com a Petrobras é coisa de gente competente? Então, de uma parte, é porque eles distinguem os companheiros dos demais e, depois, porque são mesmo incompetentes”, afirmou Pimenta da Veiga.

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