O dia 27 de agosto foi o último em que Diego Andrade (PSD-MG) marcou presença no plenário da Câmara dos Deputados antes do feriado de Sete de Setembro. Desde então, o congressista ignorou a última semana e se ausentou de cinco sessões deliberativas. Graças à complacência do regimento interno, Andrade pode justificar as faltas apresentando atestado médico a "qualquer tempo", mas a prática não é exatamente uma novidade.
O parlamentar do PSD também se ausentou em sessões deliberativas logo antes ou depois de semanas com algum feriado - Páscoa , Corpus Cristi e o recesso parlamentar de julho. Se forem contabilizados os dias entre a última presença em plenário e a subsequente após o feriado, Andrade emendou 35 dias em sete meses de trabalho. Isso sem contar os 49 dias, entre janeiro e julho, de recesso garantidos pelo regimento da Casa.
O novato da Câmara lidera esse tipo de coincidência, mas está longe de ser único. Entre os 53 deputados mineiros em exercício, 24 tiveram alguma falta em semanas com feriado. Somadas todas as ocorrências - com as características citadas - sem presença em plenário, os mineiros somam 384 dias.
No feriado de Sete de Setembro, quatro parlamentares, além de Andrade, faltaram a sessões na última semana sem - ainda - qualquer justificativa. O preferido dos deputados mineiros desta atual legislatura, até agora, foi Corpus Christi. Ao todo, 12 congressistas se ausentaram em sessões logo antes ou depois da data religiosa.
Procurado pela reportagem, Diego Andrade não respondeu aos questionamentos até a publicação desta matéria.