O Parlamento Europeu, órgão legislativo da União Européia, aprovou na semana passada novas diretrizes para a permanência de estudantes e pesquisadores estrangeiros que possuem vistos de residência de longa duração. A nova legislação vai permitir que, após concluírem seus estudos, os investigadores não-europeus permaneçam por, no mínimo, mais nove meses para procurar emprego ou começar uma empresa.
A nova diretiva estabelece que os pesquisadores podem levar os familiares para o país onde desenvolvem sua pesquisa e estes também poderão arranjar empregos. Os estudantes universitários também são beneficiados e poderão trabalhar em empregos de, no mínimo, 15 horas semanais.
Outra mudança permitirá que, no futuro, o pesquisador ou estudante universitário possa realizar períodos de mobilidade entre os Estados-membros sem a necessidade de solicitar novos vistos de residência. Na nova configuração, bastará apenas notificar o país que reside para qual Estado-membro planeja ir.
Além disso, a diretriz permite que o país europeu decida se quer apliquar a regra aos intercambistas, projetos educativos, voluntariados e serviços de au pair.
O objetivo, segundo informa em nota o Parlamento Europeu, é tornar o continente mais atrativo para estudantes e pesquisadores de outros países.
Até o momento, somente o Reino Unido, a Irlanda e a Dinamarca se recusaram a assinar a nova diretriz, que entrará em vigor assim que for publicada no Diário Oficial Europeu. Após esta data, os Estados-membros que aprovaram a legislação terão dois anos para se adaptar.