Fui procurado pelo então vereador Athos Mameluque e informado de que surgia entre os desportistas da cidade um movimento para que o estádio que ficava no bairro João Botelho fosse nomeado de “Nilson Espoletão”, morador das regiões que correspondem aos Morrinhos, Vila Luiza e Vila Guilhermina e por acaso, meu pai.
Grande desportista, craque dos gramados e da vida, chamado de “A Garça” por meu mais que honrado mestre de jornalismo e hoje amigo pessoal, sir. Felipe Gabrich, criei expectativa célebre de que um estádio de futebol pudesse levar o nome deste grande homem, exemplo de vida para familiares e amigos.
O ano era 2011 e eu compunha à equipe de esportes da Rádio Educadora/Transamérica. Lá, o centenário Gelson Dias me revelava em bastidores que um movimento acontecia para que o estádio do bairro João Botelho fosse alcunhado de “Nilson Espoletão”.
Quando estava quase tudo pronto para que a votação da Câmara Municipal batesse o martelo na nomeação do campo, Mameluque me procura para dizer que uma outra família reivindicava também o nome de seu patriarca para o estádio, mas que como o projeto meu havia dado entrada primeiro, só se eu quisesse haveria alguma mudança. Para mim não haveria problemas em ceder o espaço a outro belo nome do esporte.
Fui até mesmo visitado pelos familiares do senhor “Juvêncio” em horário de almoço numa espécie de “pressão” psicológica para que o projeto fosse modificado. Considerei desnecessário o método, já que além de ter concordado que fosse feita a escolha do mais antigo, deixei claro que não era de minha responsabilidade o movimento, mas tão somente dos desportistas de Montes Claros.
Qual não foi minha surpresa quando o então prefeito Luiz Tadeu Leite, teve uma ideia que seria a solução para o imbróglio. “Daremos o nome do parque a seu pai, de quem fui amigo e admirador. Isso mesmo, o Parque das Mangueiras levará o nome daquele que incentivou o lazer por meio do esporte”, afirmou Tadeu.
Foi assim que surgiu o “Parque Municipal Nilson Espoletão” ou simplesmente Parque das Mangueiras, como queiram.
Ainda vejo colegas jornalistas nomearem o logradouro como “Parque João Botelho”. Não amigos, por favor, o nome não é esse, mas tão somente Parque das Mangueiras ou Parque Nilson Espoletão, no bairro João Botelho.
Na inauguração, a fita foi descerrada por aquela que era a minha maior fonte de inspiração, dona Maria José Barbosa, em uma justa homenagem a um homem simples, porém, exemplo de pai, de ser humano e de vida para todos nós.