O Corinthians pode ser considerado favorito no primeiro mata-mata da Copa Libertadores contra o Nacional, em Montevidéu. Mas a queda em 2015 diante do Guaraní, do Paraguai, também nas oitavas de final, serve como exemplo de como a competição sul-americana é traiçoeira. É por isso que o técnico Tite exige atenção total na partida desta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no estádio Parque Central.
No ano passado, abrindo as oitavas de final fora de casa, o Corinthians perdeu por 2 a 0 em Assunção, resultado que complicou a partida da volta no estádio Itaquerão, em São Paulo, com nova derrota (1 a 0).
Não perder nesta quarta-feira (e se possível não sofrer gols) é o principal objetivo do clube alvinegro, que vem de uma eliminação na semifinal do Campeonato Paulista e agora tem a Libertadores como principal foco, pelo menos até o início do Campeonato Brasileiro no dia 15 de maio.
O Corinthians chega às oitavas de final não sob pressão, mas com um certo incômodo por vacilos nos últimos mata-matas. Em 2015, caiu para o Guaraní e também diante do Palmeiras, na semifinal do Paulistão. E agora contra o Audax.
Tite, no entanto, afirmou que é preciso entender o contexto destas eliminações e não rotular a equipe, como "time de mata-mata" ou "time de pontos corridos" - sob seu comando, o Corinthians já ganhou todos os tipos de torneio, como Libertadores e Mundial de Clubes da Fifa e dois Brasileiros.
Nesta terça-feira, em Montevidéu, o técnico voltou a lamentar a eliminação no Paulistão, mas ressaltou que ficou orgulhoso com o desempenho do time, afinal o time deu adeus ao Estadual nas disputas de pênaltis após empate por 2 a 2 no tempo normal.
Apesar de elogiar a equipe e ressaltar que o time caiu no Paulistão mesmo tendo a melhor campanha, Tite promoveu uma mudança para o jogo contra o Nacional. Em uma tentativa de fazer com que a equipe toque mais a bola no meio de campo, dando mais liberdade a Elias, o técnico sacou Guilherme e confirmou Rodriguinho como titular.
É uma alteração importante porque Rodriguinho se firmou como titular apenas quando Elias estava machucado. Agora vão jogar os dois juntos. Do ponto de vista tático, no entanto, a equipe mantém o sistema 4-1-4-1. "Às vezes você não tira alguém do time porque está mal, mas porque outros jogadores estão melhores", disse Tite. Alan Mineiro, que aproveitou a contusão de Giovanni Augusto, continua como titular e Marlone e Romero são opções para o banco de reservas.