(Enviado via WhatsApp)
Pelo segundo dia consecutivo, caminhoneiros voltaram a interditar vários trechos de rodovias mineiras em protesto contra o aumento da alíquota do PIS/Cofins sobre os combustíveis. Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), desde o início da manhã desta quarta-feira (2) há o registro de vários pontos fechados.
Na BR-040, os manifestantes impedem parcialmente a passagem de veículos nos kms 602 e 607, ambos em Congonhas; no km 466, em Sete Lagoas; no km 511, em Ribeirão das Neves, e no km 627, em Conselheiro Lafaiete. Na BR-251, em Francisco Sá, aproximadamente 200 caminhoneiros também protestam na rodovia nesta quarta-feira. No fim da noite de terça-feira (1º), houve interdição no km 413 da BR-262, em Igaratinga.
Outros pontos interditados na manhã desta quarta (2) foram o Km 480 da BR-365, em Patrocínio, o Km 504 da BR-251, em Montes Claros (onde veículos pequenos e de emergência passam pelo acostamento), no Km 201 da BR-050, em Uberaba, e o Km 369 da BR-262, em Juatuba.
A BR-381, que passou o dia todo interditada em João Monlevade nesta terça (1º), voltou a ser interrompida nesta quarta (2), na altura do Km 361.
De acordo com a PRF, em alguns trechos os motoristas permitem a passagem de veículos de passeio e de ônibus, impedindo apenas o trânsito de caminhões e carretas. Em outros, porém, os manifestantes interditam totalmente a rodovia.
À tarde, na MG-010, na saída de Belo Horizonte para o Aeroporto de Confins, caminhoneiros colocaram fogo em pneus. Carros e ônibus passavam normalmente, mas os veículos de carga estavam sendo parados. O protesto durou cerca de uma hora.
Veja vídeo:
Manifestação
O movimento dos caminhoneiros foi organizado nas redes sociais e em grupos de WhatsApp, afirma o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unican), José Araújo Silva, o China. "E, pelo que estamos vendo até agora, é um movimento bastante forte."
Além do aumento dos impostos sobre os combustíveis, os motoristas também reclamam da redução dos investimentos na melhoria das estradas. Com a delicada situação fiscal do país, o governo fez um corte radical nos investimentos, especialmente da área de infraestrutura. Dos R$ 36,1 bilhões previstos na Lei Orçamentária para este ano no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apenas R$ 19,7 bilhões estão disponíveis. A redução total, após dois sucessivos bloqueios, chega a 45,4%.