Pelo menos 27 mortos em tiroteio em escola dos EUA

AFP
14/12/2012 às 16:10.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:34
 (ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)

(ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)

Um homem armado matou pelo menos 27 pessoas, incluindo 18 crianças pequenas, em um massacre nesta sexta-feira em uma escola de ensino fundamental da cidade de Newton, em Connecticut.

Segundo a imprensa, o atirador seria Ryan Lanza, 24 anos, e foi morto na operação policial. Ele também teria matado o pai em casa e a mãe na escola, onde ela trabalhava.

O diretor e a psicóloga do colégio estariam entre os mortos.

A polícia do estado de Connecticut, tenente Paul Vance, não quis confirmar o número de mortos, mas afirmou aos jornalistas que houve "algumas vítimas fatais" entre funcionários e estudantes da Escola Fundamental Sandy Hook.

Ele disse que o atirador morreu no prédio durante a operação da polícia para resgatar as crianças e que o local e o público estão em segurança, mas deu poucos detalhes deste novo massacre em escolas americanas.

Se confirmado, o número será o segundo maior em escolas do país, depois do massacre de 2007 na universidade Virginia Tech, que deixou 32 mortos.

O número ultrapassaria de longe os 15 mortos na matança na Escola de Ensino Médio de Columbine, em 1999, que gerou um debate feroz, porém inconclusivo sobre a legislação branda sobre o controle de armas nos Estados Unidos.

E emissora CBS News citou forças de segurança ao afirmar que 27 pessoas teriam sido mortas, incluindo 18 crianças. Um porta-voz da Casa Branca disse que o presidente Barack Obama tinha sido informado do massacre e que estava acompanhando os acontecimentos.

Mas ele disse que Obama não planejava imediatamente reabrir a discussão sobre o controle de armas, afirmando: "Eu não acho que hoje seja o dia" para fazê-lo. "Um dos policiais disse que uma das piores coisas que ele já viu em toda a sua carreira, mas foi quando contaram a todos aqueles pais esperando pela saída dos filhos", declarou à emissora WCBS news uma enfermeira local, que correu para o local da tragédia.

"Eles pensavam que as crianças ainda estavam vivos, sabe. Eram 20 pais que acabaram de receber a notícia de que seus filhos estavam mortos. Foi horrível", contou.

Testemunhas descreveram o massacre como um intenso tiroteio, com talvez 100 tiros disparados, e contaram ter visto um corredor sujo de sangue. "Estava no ginásio na hora. Ouvimos muitos estrondos e achamos que fosse o zelador desmontando coisas. Ouvimos gritos. E então, fomos para a parede e nos sentamos", contou um menino à emissora WCBS.

"Foi então que a polícia entrou. Tipo, ele ainda está aqui? Então ele correu. E aí alguém gritou para encontrar um lugar mais seguro, então fomos para o banheiro do ginásio e sentamos lá por um tempo", acrescentou, enquanto seus pais se aproximavam, atordoados. "Então a polícia, tipo, bateu na porta, e estavam evacuando as pessoas, estávamos evacuando as pessoas. Nós corremos", acrescentou.

"Havia polícia em cada porta nos conduzindo por aqui, por ali. Rápido, rápido, venham. Nós corremos até a brigada de incêndio. Havia um homem que derrubado no chão, com algemas", acrescentou.

Após o massacre, uma grande força policial se dirigiu para a vizinhança, enquanto outras escolas da região foram fechadas.

O jornal The Newton Bee informou que uma criança foi resgatada da escola aparentemente com ferimentos sérios.

Uma foto no site do periódico mostrou autoridades conduzindo mais de uma dezena de crianças pequenas apavoradas através do estacionamento. Outra imagem mostrou policiais reunidos em uma rua vizinha mais tranquila.

 

Douglas Healey/Getty Images/AFP)

 

Ataques deste tipo são frequentes no país

Tiroteios com mortos são frequentes em locais públicos norte-americanos e, geralmente, terminam com o atirador se baleado ou se suicidando.

Na terça-feira, um homem com um rifle semi-automático metralhou um shopping em Oregon, matando duas pessoas, e suicidando a seguir.

No mais famoso tiroteio recente, em julho, um homem de 24 anos, James Holmes, matou 12 pessoas e feriu 58 outros ao abrir fogo em uma sessão à meia-noite de estreia do último filme do Batman em Aurora, Colorado.

No mês passado, o atirador Jared Loughner foi condenado à prisão perpétua por matar seis pessoas em Tucson, Arizona, em janeiro de 2011 em um ataque alvejando a congressista Gabrielle Giffords, que foi baleada na cabeça a queima-roupa, mas sobreviveu.

Contudo, apesar das tragédias, o apoio a leis mais duras sobre o porte de armas divide opiniões, com muitos americanos se opondo às restrições ao que eles consideram ser um direito constitucional para manter armas de fogo potentes em casa.

Veja a galeria de imagens da tragédia

 

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