Perímetro do Gorutuba recebe R$ 57 milhões para execução de obra
O perímetro de irrigação Gorutuba vai passar por uma completa reforma estrutural, com a transformação do sistema de condução de água de canais abertos para tubulação. Foi o que informou na tarde da última sexta-feira, 19, o superintendente da Codevasf em Minas Gerais, Anderson Chaves, ao retornar de Brasília/DF, onde esteve reunido com o presidente e diretores da companhia. Durante o encontro, Anderson Chaves conseguiu a liberação de R$57,7 milhões para a execução dessas obras, que serão custeadas com recursos oriundos do programa de aceleração do crescimento.
De acordo com o dirigente da Codevasf em Minas, as obras que deverão ser iniciadas no próximo ano serão de substituição de parte do canal principal e toda a rede de canais secundários, terciários, quartenários e quinternários por tubulação pressurizada gravitacionalmente, aproveitando a carga hidráulica disponível. Além dessas substituições, será também implantado um sistema automatizado de controle, monitoramento de água nas estruturas do canal/adutora e um sistema de medição parcelar de consumo de água. Ao todo, serão implantados mais de 126 quilômetros de adutora de 200 a 1.300 mm.
Com essas ações, segundo Paulo Roberto Carvalho, responsável pela área de irrigação da Codevasf em Minas, o perímetro de irrigação Gorutuba passará a contar com significativa melhoria na eficiência de condução e distribuição de água, passando dos atuais 57% para 92,5%. Dessa forma, o consumo de água no perímetro irrigado será reduzido, com a sua utilização numa possível expansão da área irrigada de 4.800 para 7.800 hectares, aumentando em mais de 4 mil empregos diretos e indiretos. Outros fatores que beneficiarão os usuários daquele perímetro serão a redução nos custos da manutenção da infra-estrutura de uso comum e de uso coletivo e a redução do custo de energia elétrica parcelar.
Segundo Anderson Chaves, dessa forma a Codevasf está solucionando definitivamente um sério problema no sistema de distribuição de água daquele perímetro irrigado, que já conta com quase trinta anos em operação e apresenta visíveis sintomas de desgaste, com abatimento de estruturas, ocasionando escoamento de água em regime lento e com grandes vazamentos, o que não mais acontecerá com a execução dessas obras.