Pesquisa ainda é a melhor maneira de driblar alta dos preços

Jornal O Norte
11/10/2007 às 16:48.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:19

Valéria Esteves


Repórter


valeria@onorte.net

As cotações dos produtos da Ceanorte - Central de abastecimento de Montes Claros, dão mostra de que os alimentos realmente sofreram ligeira alta nos últimos meses. Apesar disso, segundo levantamento divulgado pelo IBGE- Instituto brasileiro de geografia e estatística, levando em consideração as famílias que recebem de até 40 salários mínimos, a inflação recuou em setembro em 0,18%, abaixo dos 0,47% registrados em agosto.




Ceanorte, a maior central de abastecimento do Norte de Minas:


variações de preço justificam pesquisa por parte dos


consumidores (fotos: WILSON MEDEIROS)

Na Ceasa de Belo Horizonte os preços dos produtos sofreram majoração devido ao aumento das chuvas da região Sul do Brasil. No Norte de Minas, alguns produtores já se preparam para realizar o plantio de milho a espera das chuvas. A colheita dessa safra deve acontecer em meados de fevereiro. Enquanto isso, na Ceanorte há variações de preços de semana a semana.

Segundo Elizeno Malheiros, do setor de tabulação dos preços produtos como o tomate continua com alta cotação na média de R$ 25 a caixa de 22 quilos, a caixa de 14 kg de quiabo também subiu tanto na Central de Abastecimento como nos sacolões da cidade. O preço da caixa de 22 quilos de tomate tem saído ao custo de R$25 e o quilo pode ser encontrado a até R$ 3. A batata doce também está com preço alto, sua cotação perfaz a casa dos R$ 18 a saca de 22 quilos. 

Segundo o IBGE, a principal queda de preços ocorreu justamente no grupo alimentação e bebidas, que tem peso de 21% no IPCA- Índice nacional de preços ao consumidor amplo. A variação de preços do grupo foi de 0,44%, contra a alta de 1,33% de agosto. O item Leite e derivados teve papel fundamental para o recuo da taxa de inflação em setembro com queda de 1,2%, depois da alta de 5,77% do mês anterior.

Outros alimentos também contribuíram para a redução da inflação. O preço da carne saiu de uma alta de 2,98% em agosto para 0,62% em setembro e o feijão carioca caiu de 5,11% para 4,09%.

O aumento de preços foi exercido pelo arroz (1,58% em agosto para 3,54% em setembro), o óleo de soja (2,09% em agosto para 4,72% em setembro), vestuário (de –0,03% para 0,45%) com a entrada de novas coleções, e habitação, que passou de 0,05% em agosto para 0,54% em setembro.

Ainda de acordo com a pesquisa do IBGE, no acumulado do ano, o IPCA foi maior (2,99%) do que o registrado em igual período de 2006 (2%). Mas no acumulado dos últimos 12 meses, os percentuais ficam próximos, sendo 4,15% contra os 4,18 % obtidos nos 12 meses anteriores.

Já o resultado do INPC- Índice nacional de preços ao consumidor também foi inferior, sendo 0,25% contra 0,59% de agosto. O índice se refere à famílias com rendimentos de um a seis salários mínimos e registrou 3,39% no acumulado do ano, bem acima dos 1,32 obtido em igual período de 2006. O acumulado dos últimos 12 meses ficou em 4,92%, um pouco acima do resultado relativo aos 12 meses anteriores (4,82%).

A dica para os consumidores é realmente voltar a velha história da pesquisa de preço. As donas de casa são bem atentas as promoções e portanto, pechinchar quando o tomate, o chuchu, o quiabo entre outros estão mais caros não é sinônimo de vergonha e sim de economia doméstica, diz Procon.

COTAÇÕES CEANORTE



Batata doce saca 22kg- R$ 18


Batata Inglesa saca 50 kg- R$ 45


Beterraba caixa 22 kg- R$ 13


Cebola Branca saco 20 kg- R$15


Cebola Roxa saco 20 kg- R$17


Cenoura caixa 22 kg- R$ 15


Mandioca caixa 22 kg- R$10


Maxixe caixa 15kg- R$ 10


Moranga Híbrida saco 25kg- R$ 15


Pimentão caixa 10kg-R$ 7


Quiabo caixa 14kg- R$ 25


Repolho caixa 25 kg- R$ 10


Tomate caixa 22 kg- R$ 25

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