Pesquisas engavetadas de universidades mineiras contribuem para abertura de novas empresas

Jornal O Norte
09/11/2006 às 11:05.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:44

O movimento agora é por aproveitar as pesquisas das universidades e formar empresas de base tecnológica. É essa a idéia do Programa de Incentivo à Inovação, realizado pelo Sebrae em Minas Gerais e pela Sectes-Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Este ano, o projeto irá beneficiar projetos da UFLA-Universidade Federal de Lavras, no sul do Estado. As informações são do Sebrae Minas Gerais.

Foram pré-selecionadas 20 idéias, principalmente na área de agronegócios, para que seja feito o estudo de viabilidade econômica. As que tiverem maior potencial de mercado terão R$ 30 mil para desenvolver protótipos de produtos. Ao todo serão investidos no projeto R$ 600 mil pela Secretaria, Sebrae em Minas, Sebrae Nacional e Prefeitura de Lavras. O processo deve estar finalizado em cerca de seis meses.

O programa teve origem no trabalho já desempenhado pelo Sebrae junto à UFMG-Universidade Federal de Minas Gerais e à UFV-Universidade Federal de Viçosa.

Eles propuseram uma parceria para analisar a viabilidade empresarial de estudos já realizados, explica o coordenador de tecnologia do Sebrae em Minas, Anízio Vianna. No ano passado, em Viçosa, foram mais de 20 projetos apoiados.

A iniciativa busca diminuir a distância que foi criada, ao longo dos anos, entre o mercado e a academia.

- Sabemos que a inovação precisa acontecer também nas empresas, mas os pesquisadores estão nas universidades. Queremos aproximar os dois lados, explica a coordenadora do Programa na Sectes, Anna Flávia Bakô. Hoje a academia percebe que essa interação pode ser boa para os dois lados.

Precisamos que a inovação complete todo o seu ciclo, não fique parada nas universidades, argumenta Anna Flávia.

Para o próximo ano, já estão previstos na proposta de orçamento do governo de Minas R$ 600 mil para expandir a iniciativa para outras quatro universidades. A proposta ainda precisa ser aprovada pela assembléia legislativa. O Sebrae também analisa a possibilidade de ampliar o projeto, finaliza.

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