BERLIM - Uma nova pesquisa apresenta um cenário ainda bastante indefinido para as eleições legislativas deste domingo (22), na Alemanha. A enquete confirma, porém, que a chanceler Angela Merkel terá dificuldades para manter sua coalizão governamental de conservadores e liberais.
Segundo o "Politbarometer", do canal de televisão público ZDF, a conservadora União Democrata-Cristã (CDU, na sigla em alemão) aparece com 40% das intenções de voto, um resultado estável em relação à semana anterior. Já o aliado liberal FDP cai meio ponto percentual, chegando a 5,5%.
Com 45,5% no total, a coalizão precisa de pelo menos 1,5% para constituir maioria parlamentar. De qualquer modo, esse intervalo ainda se encontra dentro da margem de erro. A pouco menos de 48 horas da abertura das seções eleitorais, "a questão está aberta como esteve poucas vezes antes", escreve o grupo de pesquisa Wahlen, autor do estudo.
Os social-democratas do SPD atingem 27%, mas veem os Verdes - com os quais desejam promover a alternância de poder no país e tirar o posto de chanceler de Merkel - recuar para 9% (-2%). A esquerda radical Die Linke, que não conseguiu o apoio de nenhum partido, aparece com 8,5% (+0,5%).
O estudo confirma a tendência de uma pesquisa feita pelo instituto Insa e publicada de manhã pelo jornal "Bild", na qual CDU e FDP reúnem 44% dos votos; o SPD, 28%; e os Verdes, 8%.
Na principal diferença entre as duas pesquisas, o partido antieuro AFD tem 5% para o Insa, o que permitiria à formação entrar no Parlamento, enquanto a sondagem divulgada à noite atribui este apenas 4%, abaixo do mínimo necessário. Os institutos de pesquisa têm ressaltado, com frequência, a dificuldade de mensurar a situação de um partido recém-criado.