Pesquisas trazem alívio aos mineiros preocupados com a economia

Hoje em Dia
Publicado em 07/11/2013 às 06:32.Atualizado em 20/11/2021 às 13:58.

Pesquisa da Ernst & Young (EY) traz algum alívio aos mineiros preocupados com a falta de crescimento da economia do Estado neste ano. Para 68% das empresas mineiras pesquisadas, o segundo trimestre deste ano foi mais favorável do que o de igual trimestre de 2012.

No segundo trimestre do ano passado, o Produto Interno Bruto mineiro havia crescido 0,4%. Puxado, não pela indústria, que ficou estagnada em relação ao trimestre anterior, mas pela agricultura, que cresceu 7%. O problema agora, de retração de 0,1% no PIB mineiro, é causado principalmente pelas dificuldades da cafeicultura no mercado internacional.

O índice positivo de 68%, constatado na pesquisa divulgada, na quarta-feira, com exclusividade, pelo Hoje em Dia, ficou acima dos outros estados pesquisados: 64% no Rio Grande do Sul, 63% em Pernambuco, 60% na Bahia e 59% em São Paulo, entre outros. Foram entrevistadas empresas de vários ramos de atividades.

O resultado não deixa de surpreender, tendo em vista o incremento da inflação registrada no segundo trimestre e do cenário internacional ruim para os negócios. Mesmo assim, 41% das empresas mantiveram o mesmo número de empregados existente 12 meses antes e 32% fizeram novas contratações.

Em geral, empresários mineiros são cautelosos tanto em admitir como em demitir pessoal.

No momento atual, em que o índice de desemprego em Minas, segundo o IBGE, é de apenas 5,4%, aumentam as razões para a cautela em demitir. Sobretudo porque o desempenho, em 73% das empresas, foi igual ou melhor do que o esperado.

Não há razões para acreditar que no restante do ano a situação não seja melhor. As principais siderúrgicas mineiras, por exemplo, apresentaram no terceiro trimestre melhores resultados. As vendas da Gerdau cresceram 3% entre 30 de junho e 30 de setembro e seu lucro líquido, de R$ 642 milhões, aumentou 60%. A Usiminas teve prejuízo de R$ 22 milhões no segundo trimestre e lucro de R$ 115 milhões no terceiro, mesmo sem crescimento das vendas.

Outro dado relevante: o saldo das exportações e importações do Estado ficou positivo em US$ 2,2 bilhões em outubro, enquanto a balança comercial do Brasil registrava déficit de US$ 224 milhões. O superávit mineiro é notável, quando comparado com setembro deste ano (aumento de 24,3%) e com outubro do ano passado (18,1%).

Ontem, o ministro da Fazenda disse que os dados preliminares sobre o mês de outubro podem resultar num superávit próximo da meta estabelecida no início do ano. Guido Mantega espera resultado melhor em novembro e dezembro, de modo a fechar 2013 com superávit do governo federal de R$ 73 bilhões.

Apesar de tudo isso, o governo de Minas deve manter a meta de reduzir em R$ 1 bilhão suas despesas de custeio em 2014, ano eleitoral. Não há como ignorar o tamanho de sua dívida, de R$ 79 bilhões.  

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