PF mira grupo mineiro que lucrou mais de R$ 9 milhões com imigração ilegal para os EUA
Estima-se que a associação criminosa tenha remetido ilegalmente para o exterior cerca de 63 pessoas, incluindo crianças e adolescentes
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (23) a Operação “Henchman” para desarticular um esquema criminoso de imigração ilegal de brasileiros para os Estados Unidos.
O grupo, concentrado na região Leste de Minas, era responsável por falsificar documentos que garantiam a entrada das pessoas no país. Segundo a PF, estima-se que a associação criminosa tenha remetido ilegalmente para o exterior cerca de 63 pessoas, incluindo crianças e adolescentes.
"Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal de Governador Valadares, nas residências e endereço comercial dos envolvidos, nos municípios mineiros de Governador Valadares e Coroaci", detalhou a PF em nota.
Segundo as investigações, o grupo criminoso ostentava um patrimônio incompatível com as atividades formalmente desempenhadas. Há indícios da utilização de terceiros e empresas de fachada para ocultar e dissimular valores provenientes do envio ilícito de brasileiros para os EUA.
"Calcula-se que a associação tenha movimentado mais de R$ 9 milhões no esquema ilegal. Houve determinação judicial de sequestro de bens até o limite de R$ 3,6 milhões", informou a PF.
Durante a operação foram apreendidos veículos, documentos, celulares e valores em moeda nacional e estrangeira.
Os investigados responderão pelos crimes de promoção de migração ilegal, envio irregular de criança e de adolescente ao exterior e associação criminosa, cujas penas máximas somadas ultrapassam 16 anos de reclusão.