(Arquivo/Agência Brasil)
O PIB do Brasil cresceu 0,4% no primeiro trimestre de 2018 em relação aos últimos três meses de 2017, o quinto aumento consecutivo, informou nesta quarta-feira (30) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O dado melhora ligeiramente a estimativa média de um crescimento de 0,3% estabelecida com base em 24 analistas consultados pelo jornal Valor Econômico. Em comparação com o primeiro trimestre de 2017, o crescimento brasileiro foi de 1,2%. É o quarto trimestre de resultado positivo em ritmo anual. No acumulado de 12 meses a expansão é de 1,3%. O Brasil saiu em 2017 de dois anos de recessão, com um crescimento de 1%.
O governo de Michel Temer previa inicialmente um aumento de 3% este ano, mas este mês o diminuiu para 2,5%, no âmbito de uma desaceleração da atividade. O mercado prevê 2,37%. A atual greve dos caminhoneiros que paralisa o país terá um impacto no crescimento do segundo trimestre e obrigará a diminuir as estimativas desse ano, segundo analistas.
Repercussão
O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago, considerou positivo o resultado do PIB. “É importante, demonstra um crescimento muito focado em formação bruta de capital fixo, que é investimento, uma coisa boa. Isso demonstra um crescimento sustentável de médio e longo prazo”, disse Colnago, que falou a empresários durante o Fórum de Investimentos Brasil 2018, na capital paulista.
América Latina
Ao participar de um painel sobre investimentos na América Latina, Esteves Colnago defendeu a integração econômica como forma de obter ganhos com os países vizinhos. “A gente não tem um banco de projetos comum entre os países, o que poderia dar um retorno entre os diversos atores”, disse o ministro.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, que também participou do fórum, estimou que a instituição tenha uma carteira de US$ 6,5 bilhões investidos em gasodutos, ferrovias, metrôs e hidroelétricas em países latino-americanos.
Dyogo Oliveira, assim como o ministro do Planejamento, reforçou a necessidade de integração dos mercados financeiros dos países latinos. “Estamos perdendo oportunidades, mas não é sem tempo. O Brasil talvez seja o país que tem mais possibilidade de se beneficiar e aw fortalecer com essa integração”, afirmou.
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