Pimentel critica ‘falta de investimentos’ na integração viária em Minas

Patrícia Scofield - Hoje em Dia
02/09/2014 às 08:14.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:02

(Fernando Cavalcanti)

O candidato ao governo de Minas pela coligação “Minas Pra você”, Fernando Pimentel (PT), criticou nessa segunda-feira (1º) o que ele classificou como a “falta de investimentos” do governo do PSDB na integração entre estradas estaduais e federais. Na ocasião, destacou que o programa “Caminhos de Minas”, de pavimentação de estradas, cumpriu 43 km dos cerca de 7 mil km prometidos pela gestão tucana.

“Eu conversei muito, quando era ministro, com o pessoal da área federal de transportes _ do Ministério dos Transportes, do DNIT _, e eles nos diziam que o governo do Estado jamais os procurou levando um projeto, um programa, uma sugestão de integração entre as rodovias estaduais e federais. Isso nunca foi feito”, afirmou nessa segunda, em agenda na cidade de Varginha, Sul de Minas.

“Não sei se foi porque o governo do Estado é do PSDB e não queria se aproximar do governo federal ou se tinha outro interesse. Eu não sei o porquê”, acrescentou.

Pimentel disse que nos últimos 12 anos, em Minas, a questão rodoviária “não foi prioridade” e voltou a prometer um programa regionalizado para tirar do papel obras como a ligação entre Varginha e a Rodovia Fernão Dias.

“Se as rodovias tivessem sido prioridade, essa simples ligação entre Varginha e a Fernão Dias teria sido feita. Não é tão cara, é uma obra importante, e não foi feita. Então nós vamos fazer. Nós vamos, de fato, apresentar a Minas um programa que defina, junto com as regiões, que resolva o problema, em vez de ficar jogando a culpa para o governo federal ou para os prefeitos”, afirmou o petista.

Ainda nessa segunda-feira, Pimentel esteve em Guaxupé, também no Sul do Estado, para inaugurar um de seus comitês de campanha.

ENSINO MÉDIO

O candidato do PT ao Palácio Tiradentes chamou de “ficcional” e “ineficiente” o programa Reinventando o Ensino Médio, instituído pela Secretaria de Estado da Educação para reformular a educação dos jovens, com a implementação de um sexto horário de aula e capacitação profissional, por exemplo. De acordo com Pimentel, é preciso adequar os cursos profissionalizantes com as demandas das empresas de cada região atendida.

“Precisamos adequar o ensino médio às exigências da educação moderna. Como está, não é bom. Agora, não sei se o Reinventando o Ensino Médio é o melhor caminho. A mim parece que é um projeto meio ficcional, que apresenta uma roupagem bonita, mas não avança efetivamente na fixação do aluno na escola, e nem oferece cursos profissionalizantes adequados”.

‘Magistério vai ganhar piso’

Após prometer pagar o piso nacional para os educadores, Pimentel comentou, nessa segunda-feira (1º), que a medida deverá ser aplicada ao longo de seu governo, caso seja eleito. “Não prometi fazer no primeiro dia do governo o que certamente será impossível, mas ao longo deste mandato eles vão receber o piso nacional do salário.

Isso é primeira coisa. Vamos recompor a carreira do magistério, destruída pelo governo do PSDB. Hoje, professores com tempos diferentes de carreira ganham o mesmo”.

Petista diz se entender com Aécio e Marina

Fernando Pimentel (PT) disse nessa segunda, em Varginha, que tem bom relacionamento com os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), e que considera “difícil” o tucano ganhar a disputa pelo Palácio do Planalto. O petista citou Marina como sua “ex-colega de partido” e mencionou as “excelentes parcerias administrativas” que teve com Aécio, quanto foi prefeito de BH e o senador, governador de Minas.

“Eu tenho relação pessoal com ele (Aécio) boa. Não vejo nenhuma dificuldade em manter assim, se ele for eleito. Acho difícil, mas se ele for eleito, terei esse relacionamento, como tive quando fui prefeito de BH. E com a ex-ministra Marina Silva eu tenho relacionamento muito bom. Foi minha companheira de partido e, enquanto eu fui prefeito e ela ministra, tivemos um trato administrativo excelente. É uma pessoa por quem eu tenho respeito”, disse.

PESQUISAS EM MINAS

À frente na corrida pelo governo estadual, conforme os últimos levantamentos Ibope e Datafolha, o ex-ministro de Dilma Rousseff (PT) evitou dizer que esteja “tranquilo” em relação à vantagem sobre o candidato da coligação “Todos por Minas”, Pimenta da Veiga (PSDB), nas intenções de voto. A diferença entre o petista e o tucano chegou a 14 pontos percentuais.

“Eu sempre digo uma coisa: pesquisa é retrato só de um momento. Então, aquele momento vem e passa. Nós temos que trabalhar todos os dias para que a gente tenha um bom resultado no final. A pesquisa que vale é a de 5 de outubro, é voto do eleitor”.
 

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