Piolho de pombos e água imprópria fazem USP Leste antecipar férias

Folhapress
Publicado em 16/12/2013 às 17:25.Atualizado em 20/11/2021 às 14:50.

SÃO PAULO - A direção da USP Leste decidiu antecipar as férias dos alunos por conta de problemas envolvendo piolhos de pombo e a qualidade da água no campus. Mais de 4 mil pessoas, entre alunos, professores e funcionários, circulam diariamente pelo campus.

De acordo com nota enviada pela universidade aos estudantes e funcionários, as aulas já não acontecem a partir desta segunda-feira (16). As aulas estavam previstas para serem encerradas apenas na sexta-feira.

A medida foi tomada após três salas de aula terem sido interditadas na semana passada por causa de infestação de piolhos de pombos. Segundo a nota, uma empresa especializada fará uma inspeção detalhada nas instalações para determinar as providências necessárias.

A universidade diz que já estava prevista a dedetização e a desratização de todo o campus durante o recesso de fim de ano. A universidade diz que "deverão ser incluídas neste procedimento as ações relativas aos ácaros e pombos".

Além do problema dos pombos, a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) analisou a água e encontrou turbidez e presença indevida de bactérias. Por conta disso, os bebedouros foram substituídos no campus por garrafões de água.

A USP Leste diz ainda que já foi iniciada a limpeza dos grandes reservatórios que recebem a água da Sabesp.
Segundo a USP Leste, as aulas vão voltar normalmente no dia 6 de janeiro.

A antecipação das férias traz prejuízos para os estudantes. De acordo com Pablo Ortellado, professor de filosofia da USP Leste, a maioria dos alunos está em semana de avaliação até sexta-feira. "Eu mesmo daria uma prova importante na próxima quinta-feira", conta.

As provas foram postergadas para as proximidades do Natal por causa de uma greve de professores que aconteceu em setembro deste ano.

A paralisação aconteceu por conta de uma contaminação do solo do campus por metano. Na época, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) chegou a interditar a área. No final de outubro, a universidade foi multada pela Cetesb por não ter atendido às exigências técnicas no terreno contaminado. O campus foi construído sobre uma terra que contém lixo orgânico.

Ainda de acordo com Ortellado, há vários professores e alunos em tratamento por conta dos piolhos de pombo. "Tenho pelo menos três alunos que estão sob cuidados." "A situação está caótica", diz.

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