Na próxima segunda-feira (28), o vice-governador de Minas e presidente estadual do PMDB, Antônio Andrade, reúne a executiva do partido para discutir a posição que será levada ao encontro do diretório nacional, que acontece no dia seguinte, para decidir se o partido fica ou não no governo. O PMDB é o fiel da balança no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), ou seja, se ficar no governo, do qual é o principal aliado e onde detém sete ministérios, crescem as chances de o pedido ser derrotado. Caso contrário, se romper, o impeachment deverá ser aprovado.
O PMDB mineiro tem 10 delegados no diretório nacional. O partido tem 65 votos no plenário da Câmara dos Deputados. Dilma precisa contar com 172 votos aliados para enterrar o seu impedimento. Por conta da importância do partido nessa votação, Antônio Andrade pediu cautela e responsabilidade. “Não podemos votar com a emoção, porque estamos decidindo o destino do país”, disse Andrade, reconhecendo que, pessoalmente, é contra a saída do governo, mas ressalvou que seguirá a posição partidária.
“Vamos discutir e aprovar uma posição de consenso e votar em bloco”, adiantou, admitindo que, se a maioria em Minas aprovar o rompimento, irá votar assim também.
Entre Quintão e Pacheco
Determinado a ter candidatura própria a prefeito de Belo Horizonte, o PMDB está, hoje, dividido entre o recall (presença nas pesquisas) do deputado federal Leonardo Quintão, que já foi candidato (2008), e a novidade representada por outro deputado federal, Rodrigo Pacheco. Há quem defenda a união dos dois na chapa, com Pacheco na cabeça. Em função do mau momento do governo mineiro, o secretário de Meio Ambiente, Sávio Souza Cruz, teria saído do páreo.
“Dialogar é preciso”
O jornalista Itamar de Oliveira lança, na Assembleia Legislativa, o livro “A Constituição de 1988: a semente da liberdade e da cidadania”, no próximo dia 4, quando serão comemorados também os 50 anos do PMDB. O livro-reportagem teve apoio da Fundação Ulysses Guimarães (ligada ao PMDB) e dialoga com a realidade ao fazer um apelo ao entendimento político. Parafraseando o ex-presidente da legenda Ulysses Guimarães, que dizia que “navegar era preciso” no enfrentamento à ditadura militar (1964-1985), o autor afirma que “dialogar é preciso” para tirar o país da crise em que se meteu. Editado pela Del Rey e Libertas, o livro colheu depoimentos de personalidades ilustres e que influenciaram a construção história da Carta Magna.
Sérgio Moro vetado
Petistas e aliados derrubaram, nessa terça-feira (22), a proposta, feita na Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, de homenagear o juíz Sergio Moro, que dirige a ‘Lava Jato’, com o título de cidadão honorário. O requerimento havia sido apresentado, na semana passada, pelo deputado Sargento Rodrigues (PDT).
Reajuste difícil
O governador Fernando Pimentel enviou, nessa terça-feira (22), à Assembleia, nova emenda ao projeto de reajuste do piso salarial dos professores estaduais (11,36%), corrigindo a tabela de vencimentos de um dos cargos da categoria (Analista de Educação Básica, regime de 40 horas). A novidade atrasará a tramitação do projeto para frustração dos professores que acompanhavam a votação.