Polícia Federal prende nove e apreende mais de 570 animais silvestres

Folhapress
17/10/2012 às 16:21.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:18

  A Polícia Federal prendeu nove pessoas e cumpriu 20 mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (17) durante Operação Cipó, que combate o tráfico de animais silvestres. A ação recuperou mais de 570 bichos e contou com o apoio da Polícia Militar Ambiental e do Ibama.    A investigação foi instaurada há cerca de um ano, quando a polícia identificou suspeitos que retiravam os animais silvestres da natureza, além de transportar, distribuir e comercializar animais exóticos (que não pertencem à fauna brasileira) de modo irregular.   Os bichos eram capturados em várias regiões do Brasil, especialmente nos Estados da Bahia, Pernambuco, Mato Grosso e Paraná, e em países fronteiriços. Dos 20 mandados de busca e apreensão em residências e estabelecimentos comerciais, 16 foram cumpridos na capital paulista e na Grande São Paulo. Os outros mandados foram cumpridos em Uruguaiana (RS), Caruaru (PE), Alagoinha (PE) e Belo Horizonte. Ao menos 20 pessoas serão indiciadas.   De acordo com a PF, os animais eram capturados quando ainda estavam em seus ninhos e transportados em péssimas condições, o que provocava muitas mortes e mutilações, levando ao sacrifício dos animais feridos.   Dos nove presos, dois foram detidos por receptação qualificada e posse ilegal de arma de fogo em Caruaru (PE) e Embu-Guaçu. Os demais foram presos por receptação em Diadema, Francisco Morato e Guarulhos.   Na operação, foram recolhidos documentos que comprovam a recorrência dos crimes, duas armas de fogo e mais de 570 animais da fauna brasileira das espécies: papagaio, cardeal do nordeste, tiziu, coroado, curió, cardeal comum, tucano, galo de campina, além de tigres d'água e um sagui albino.   Os presos e os demais indiciados responderão pelos crimes de caça profissional de animais silvestres; possuir, transportar ou ocultar animais silvestres, previstos na Lei dos Crimes Ambientais; receptação qualificada (para comércio); posse ilegal de arma de fogo e formação de quadrilha, com penas de três meses a seis anos de prisão.

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