A polícia no Camboja prendeu Kem Sokha, líder do principal partido de oposição do país, em uma incursão surpresa em sua casa no domingo (horário local). O governo emitiu uma declaração acusando-o de traição.
O líder da oposição foi levado algemado depois de mais de cem oficiais terem chegado à sua casa na capital do país, Phnom Penh, por volta meia-noite, de acordo com a filha dele, Monovithya Kem. Monovithya, que também é integrante do Partido Nacional de Resgate do Camboja, disse no Twitter que a polícia não tinha um mandado para a prisão de seu pai.
O governo disse em nota que tinha evidências de que Kem Sokha havia conspirado com poderes estrangeiros contra o Camboja e qualificou as suas ações de "traição". O governo de Hun Sen, líder autoritário que detém o poder no Camboja há mais de três décadas, aumentou a pressão legal sobre seus críticos, os meios de comunicação e os oponentes políticos antes de eleições nacionais em 2018.
As ameaças legais forçaram o antecessor de Kem Sokha, Sam Rainsy, a renunciar a este ano
do Partido Nacional do Resgate do Camboja, que era liderado por ele. Eleições locais e uma eleição geral serão realizadas no país no ano que vem. Fonte: Associated Press.