Polícia procura por jovem que sumiu após chacina em GO

Marília Assunção, especial para AE
28/08/2013 às 20:00.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:25

Continuam as buscas pela adolescente Hélen Martins, 16 anos, única de um grupo de cinco estudantes desaparecidos que ainda pode estar viva. Considerada testemunha essencial para esclarecer o caso, ela sumiu no dia 19, mesmo dia em que os amigos desapareceram, e depois foram executados a tiros. A adolescente e as quatro vítimas são alunos da 1ª série do ensino médio do Colégio Estadual José Bonifácio da Silva, em Aparecida de Goiânia, cidade vizinha da capital de Goiás.

A Polícia Civil não dá mais informações sobre o caso. O chefe do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia, delegado Kléber Toledo, apenas reiterou nesta quarta-feira (28), que Hélen conversou por telefone com familiares, na semana passada, mas ele disse ainda desconhecer que ela também tenha falado com a mãe da garota Daniele Gomes, 15, uma das vítimas, como divulgou o jornal O Popular.

Segundo o jornal, Maria do Carmo, mãe de Daniele, teria ligado no celular de Hélen e questionado a amiga sobre o paradeiro da filha, mas Hélen teria se limitado a dizer que estava viajando com o namorado e que voltaria nos próximos dias (nesta semana). Sem notícias da filha, a mãe ligou novamente mas não conseguiu mais falar no celular da jovem. Perguntado se acredita no envolvimento da adolescente ou do namorado dela nas execuções, o delegado disse que só vai se pronunciar quando tiver a confirmação de quem foi o autor do quádruplo homicídio.

A localização dos corpos de Dênis Pereira, 16, na semana passada, de Neylor Henrique Gomes, 18, Raíssa Souza Ferreira, 15, e Daniele, nesta semana, deixou os familiares das vítimas em desespero. Os três últimos foram encontrados carbonizados, mas todos foram mortos a tiros e encontrados na Serra das Areias, reserva ambiental de Aparecida. A investigação apura se os corpos foram queimados de propósito ou se ficaram carbonizados durante uma queimada, situação comum na área nesta época do ano.

As roupas das vítimas foram reconhecidas por parentes e depois exames confirmaram que as impressões digitais eram dos três jovens. Nesta quarta-feira houve o enterro de Daniele e a liberação dos outros dois corpos pelo Instituto Médico-Legal. No enterro da jovem, no cemitério Jardim da Esperança, em Aparecida, colegas do colégio e familiares carregavam cartazes cobrando justiça.
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