Polícia procura testemunhas de crimes de assassino em série no Rio de Janeiro

Estadao Conteudo
12/12/2014 às 14:06.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:21

Os policiais da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) procuram por testemunhas que possam dar informações sobre as 43 mortes que Saílson José das Graças, de 26 anos, afirmou ter cometido nos últimos nove anos. A Polícia Civil afirma já haver indícios de pelo menos sete casos: quatro teriam sido por encomenda (três homens e uma mulher), outros dois "por prazer" (de duas mulheres), além de um garoto de dois anos - o único assassinato do qual ele disse se arrepender.

Segundo o delegado assistente da DHBF, Marcelo Machado, em novo depoimento Saílson falou sobre uma mulher que sobreviveu. Ele teria tentado enforcar a vítima três vezes, mas, como ela ainda resistia, desistiu. Ao divulgar o fato à imprensa, o delegado afirmou esperar que ela compareça à delegacia, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, para informar mais detalhes sobre a tentativa de assassinato. A Polícia segue tentando confirmar se Saílson matou a quantidade de pessoas que relatou.

Nesta quinta-feira, 11, uma mulher que contou ter sobrevivido em 2012 a um ataque de Saílson foi à delegacia. Cíntia Ramos Messias é filha de José Messias, que foi preso em flagrante com Saílson na terça-feira pelo assassinato de uma mulher - foi após essa prisão que o homem afirmou ter cometido os 43 assassinatos. Cíntia disse aos policiais que teve a morte encomendada pelo pai e pela ex-esposa, Cleusa Balbina, que morava com Saílson e José e também foi presa na terça.

Exibindo cicatrizes das facadas que levou, a vítima afirmou que José e Cleusa encomendaram sua morte para ficar com a guarda de sua filha. "Ele (Saílson) colocou a faca nas minhas costas, na porta de casa. Me levou para um terreno baldio e me deu facadas no peito. Fiquei de 5h30 até 7h lá até alguém me achar e chamar o socorro", disse. O homem deve ser transferido ainda nesta sexta-feira, 12, para um presídio. A transferência seria pela manhã, mas os policiais quiseram manter Saílson na delegacia para colher mais depoimentos.
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