Candidato à reeleição para o conselho da Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais (OAB-MG), o atual presidente, Luis Cláudio Chaves, espera uma votação expressiva no próximo dia 24.
Qual a avaliação que o senhor faz do mandato exercido?
Demos continuidade ao trabalho do Raimundo Cândido Júnior de interiorização da Ordem e cumprimos integralmente as promessas. Mas ainda existe muito a ser feito. Na descentralização administrativa, as regionais já estão criadas, mas falta instalá-las. E vamos começar pelas subseções que já têm estrutura física e funcional, como Uberlândia, Juiz de Fora, Montes Claros, Uberaba e Patos de Minas. Também precisamos que Minas Gerais tenha participação maior no Conselho Federal da OAB. Isso vai ser conseguido por meio do apoio do advogado mineiro ao nosso trabalho.
Então o senhor está confiante na reeleição?
Minas vai passar a ter um peso maior se tivermos uma votação expressiva. Nossa expectativa é receber de 75% a 80% dos votos dos advogados mineiros.
Qual será o maior desafio em um eventual segundo mandato?
Os maiores problemas enfrentados pelos advogados estão relacionados à morosidade do Judiciário. Em uma próxima gestão vamos ampliar o trabalho que chamamos de ‘Observatório da Justiça’. Vamos denunciar as comarcas que estão sem juízes, que estão sem promotores. As comarcas que têm juízes que demoram dois anos para dar uma sentença. Pretendemos ser porta-vozes da sociedade nas denúncias da morosidade da Justiça e no incentivo às boas práticas.
Quais seriam essas boas práticas?
Uma que posso exemplificar é o horário de funcionamento do Judiciário. Não entendo, por exemplo, o porquê de a Justiça não realizar audiências pela manhã. O Judiciário precisa ser administrado por quem entende de administração, e não por juiz. O juiz já tem muitas responsabilidades para assumir também a função administrativa.
Na questão do controle da ética profissional ainda é preciso avançar?
Os casos de exclusão não são realmente muito frequentes. Uma média de duas exclusões por reunião do Conselho. E também são aplicadas outras diversas penas de suspensão e de censura. Agora, é preciso ficar claro que 98% dos advogados de Minas Gerais nunca responderam processo disciplinar na Ordem.