BRASÍLIA - Duas semanas depois de ser absolvido do julgamento do mensalão, o ex-deputado petista Paulo Rocha (PT-PA) participou de audiência no Palácio do Planalto.

Rocha entrou no início da tarde de  a pé, pela portaria principal, para um encontro, segundo ele próprio, na SRI (Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República) - pasta comandada pela também petista Ideli Salvati.

Rocha não quis detalhar o que veio fazer nem com quem falaria no Palácio do Planalto. Disse apenas que nunca interrompeu as atividades políticas, nem mesmo durante o período em que foi réu no mensalão.

A assessoria de Ideli Salvati informou que não há nenhum encontro previsto entre o ex-deputado e a ministra, que passa à tarde no Senado. Também esclareceu não haver nenhum impedimento em Rocha se reunir com representantes da SRI.

Rocha também não quis comentar as penas fixadas pelo STF. "Sou solidário aos demais réus", limitou-se a dizer na porta do elevador do Palácio do Planalto. Questionado se a demora do julgamento, que se arrasta há meses, era similar ao enredo de um drama, Rocha afirmou: "São sei se é drama ou outra coisa".

O petista se defendia de uma acusação no mensalão, a de lavagem de dinheiro. Ele foi absolvido do crime porque a votação no STF terminou empatada.

Antes de ser absolvido, Rocha foi primeiro dos réus a criticar abertamente o trabalho do relator do processo no Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa. Ele afirmou que Barbosa era movido pelo ego e não pelas provas do processo.