Advogados atribuem responsabilidade dos repasses a Valério

Thaís Mota - Do Portal HD*
07/08/2012 às 19:46.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:16

  Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ouviram nesta terça-feira (7) a defesa de pessoas ligadas ao publicitário mineiro Marcos Valério. Os advogados da ex-diretora da SMP&B Comunicação Simone Vasconcelos e da gerente financeira Geiza Dias sustentaram que as rés eram apenas funcionárias e obedeciam ordens de Valério.   Marcelo Leonardo, defensor de Simone Vasconcelos, defendeu inclusive que ela deveria figurar apenas como testemunha no processo. Mas, na acusação apresentada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, as funcionárias realizavam saques e faziam a entrega do dinheiro ilícito aos parlamentares. A denúncia aponta ainda que eram elas que repassavam ao Banco Rural o nome das pessoas que deveriam ser beneficiadas por repasses de verbas que alimentavam o esquema ilícito de compra de votos.   A presidente do Banco Rural, Kátia Abreu, foi defendida no plenário do STF pelo advogado José Carlos Dias. Segundo a denúncia do Ministério Público, ela teria permitido que fossem feitos os falsos empréstimos para pagar os deputados em troca de compra de votos. Mas a defesa desqualificou as provas apresentadas pelo órgão.   Segundo José Carlos Dias todos os saques acima de R$ 100 mil foram comunicadas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). "Se o Coaf jamais questionou tais operações, não é razoável transferir essa responsabilidade para os administradores do Banco Rural", diz o advogado.   O advogado Castellar Modesto Guimarães, que defende o publicitário Cristiano de Mello Paz, afirmou que o réu cuidava exclusivamente da parte de criação na agência de publicidade. Paz foi sócio do publicitário Marcos Valério na agência, mas segundo Castellar era Valério quem geria as finanças da empresa.   Já a defesa de Rogério Tolentino, advogado das empresas de Marcos Valério, disse que o réu tomou um empréstimo de R$10 milhões no Banco BMG, a pedido da empresa de publicidade SMP&B. Segundo Paulo Sérgio Abreu, Tolentino repassou três cheques em branco assinados a Marcos Valério, porém nunca deu dinheiro a deputados do PP.   Durante a sustentação oral, Abreu também contestou a acusação que pesa sobre Tolentino de prática de corrupção, argumentando que ele nunca foi sócio, dirigente ou gestor das empresas de Marcos Valério.

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*Com agências

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