O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), chamou de "arrocho recessivo" o contingenciamento de quase R$ 70 bilhões no Orçamento da União anunciado nesta sexta-feira (22), pelo governo. Em nota, o tucano disse que os pobres são os que mais sofrem com os cortes e afirmou que a "máscara" do PT "cai em definitivo" após as medidas do pacote de ajuste fiscal. "É bom que fique claro: essa conta não é do povo, é do governo do PT, mas é o povo que está pagando", declarou.
Na avaliação do presidente do PSDB, o próximo passo do governo será o aumento de impostos. "A carga tributária, que aumentou ininterruptamente no governo Dilma, vai continuar a subir", previu.
Aécio criticou a "tesoura do governo Dilma Rousseff" e o comprometimento dos investimentos públicos que, em sua visão, poderia impulsionar a economia no momento em que o País precisa "desesperadamente" retomar o desenvolvimento. "Os R$ 70 bilhões anunciados hoje são apenas parte da conta que o brasileiro vai pagar por causa da gastança desenfreada ocorrida nos últimos anos com o objetivo de vencer as eleições e manter o PT no poder", concluiu.
O presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), também criticou o contingenciamento federal. "O anúncio dos cortes é o retrato em números da situação imposta à economia por um governo obstinado por uma reeleição".
Em nota, Agripino observou a ausência do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no anúncio desta tarde. "Uma preocupação que se acrescenta: por trás da ausência do ministro Levy no anúncio dos cortes deve estar a disputa PT versus PT", comentou.